Se sois, sois o Homem
O que fere com as mãos, quando a cabeça se encolhe
Que morres aos prantos, por medo da terra que engoli
Afias a Língua
Passa-te a língua no alfabeto
Rompe da palavra o teto da regra
Liberta a letra no caldo da idéia
Deixa que se viva
Recolhe a bandeira do tempo
Deixe que o barco se vá
Mais sabe do mar aquele que o barco faz
Do que quem o atravessa
Vira e avessa
Esqueça
Cresce esta cabeça
Muda a compostura
Tenha gula
Gula pra cultura
Mistura
Tenha gula
Engula a palavra
E cuspa uma prateleira de partituras
Te enche de ternura
Pois, a essa altura já não há mais o que se perder
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