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terça-feira, 13 de outubro de 2009

A CULTURA E O CONGRESSO




Após votação histórica no Conselho de Educação e Ciência do Congresso Nacional soubemos da feliz notícia da aprovação do Plano Nacional de Cultura. Que terá como prazo de execução os próximos 10 anos gerando assim aumento considerável na democratização e fortalecimento das políticas públicas voltadas a este setor.
Conjuntamente foi aprovada a PEC 150 que prevê o investimento do Governo Federal de no mínimo dois por cento, governos estaduais um e meio por cento e governos municipais um por cento nas respectivas pastas responsáveis pelo desenvolvimento cultural.
Devemos considerar este fato um salto de qualidade no trato com a cultura possibilitando o desenvolvimento de forma jamais vista deste setor estratégico ao progresso justo e igualitário da nação.
Não vem de hoje as grandes tentativas de se valorizar a cultura, basta lembrarmos de um símbolo de entusiasta, Mario de Andrade. Que à frente do Departamento de Cultura do Estado de São Paulo fez levantamentos de grande envergadura das manifestações culturais presentes na mais diversas regiões do Brasil, deixando nosso patrimônio maior para as futuras gerações.
Vale lembrar também que o município de Araraquara partiu de um cenário referente ao ano de 2000 com algo em torno de 90 milhões em caixa na administração direta e conta hoje em 2009 com algo na casa dos 320 milhões, aumenta assim nossa responsabilidade para com esta importante área, a saber,a cultura .

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sois

Se sois, sois o Homem
O que fere com as mãos, quando a cabeça se encolhe
Que morres aos prantos, por medo da terra que engoli

Afias a Língua
Passa-te a língua no alfabeto
Rompe da palavra o teto da regra
Liberta a letra no caldo da idéia

Deixa que se viva
Recolhe a bandeira do tempo
Deixe que o barco se vá
Mais sabe do mar aquele que o barco faz
Do que quem o atravessa

Vira e avessa
Esqueça
Cresce esta cabeça
Muda a compostura
Tenha gula
Gula pra cultura
Mistura
Tenha gula
Engula a palavra
E cuspa uma prateleira de partituras
Te enche de ternura
Pois, a essa altura já não há mais o que se perder

terça-feira, 14 de abril de 2009

BORPOLETRA, O ERMITÃO

No caminho havia uma pedra ,
logo após a pedra a catraca,
após a catraca o caminho
no caminho havia uma pedra,
que ficou para trás ,
por não poder passar pela catraca
a catraca engoliu o caminho,
do caminho só ficou a pedra,
da catraca só ficou o caminho
Por meio da catraca havia um caminho

sábado, 21 de março de 2009

Fazer a Vida

Depois de um tempo pode se perceber o quanto de vida a terra já perdeu
A ignorância nos persegue como uma prima-irmã da existência
Será que não consegues ver para além da soleira da tua porta?

Mas, não
É preciso que vejas o mar para te sentires pequeno
É preciso estar sozinho para sentir falta daqueles que te oferecem o ombro nos momentos difíceis.
Chora e reza para estátuas, mas despreza aqueles que te cruzam no caminho das ruas.

E afinal, o que te restou?
A solidão de uma garrafa na tua casa moderna?
Preferia ter sido Fausto e ter vendido a alma ao diabo
Do que encarar-te no espelho e saber que conseguira uma história de desgraças com as próprias mãos.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Ecos da Realidade - Palavras para amada Julia

Diz-se que a primeira grande discussão no mundo, mais antiga que de Adão e Eva com Deus, foi a da palavra com o relógio

A palavra nervosa, não se sabe o motivo, usava de suas pares num tagarelar sem fim
O relógio mudo se contentava em repetir incessantemente um tic tac insensivel
O relógio com o tempo decidiu então tapar os ouvidos e continuou a definir a noite e o dia
O começo e o fim

A palavra por sua vez, retrucou, e passou a moldar suas formas para eternizar tudo o que se passava
No início era o tempo. E o tempo se fez palavra.

Os homens são ecos da realidade
E as palavras seus diários eternos
O dia de ontem passou pra quem ?
Para mim continua vivo em pensamento

Ecoaram em mim as lembranças de outros tempos
As sociedades perdidas ainda resistem vivas em minha mente
O amanhã intocável é reproduzido em meus olhos quando divago
Pensei no dia mais belo e o carreguei nos olhos para hoje te entregar na forma de palavras

quarta-feira, 11 de março de 2009

Língua

ARTE
LETRA

A ARTE ESTAVA SÓ
ENCONTROU A LETRA

QUANDO SE LÊ A ARTE
ELA VIRA LETRA

QUANDO A LETRA
QUER CHEGAR AS " ARTURA",
VIRA LITERATURA

E QUANDO QUER PASSEAR NA RUA,
VIRA CULTURA.

terça-feira, 10 de março de 2009

O ROUBO ROSA

A polícia pratica o Roubo Rosa
Me trata com um olhar delinqüente
Revira meus objetos como um ladrão que chega sem aviso
Pratica o Roubo Rosa
Estrangula meu coração

Ela me abordou por esses dias
E tomaram-me a Rosa que trazia nas mãos
A consideraram perigosa
Com seus espinhos de facão

Acharam-na demasiadamente suspeita
Com suas pétalas banhadas em cor de sangue

Acharam-na por muito agressiva
Pois, sabem que quem carrega uma rosa nas mãos carrega consigo a revolução

Acharam-na suspeita por muito leviana
Pois, não carregava documentos nem grana
Mas, sabiam da sua história nas mãos de homens de má fama

Acharam-na.... suspeita
por não dizer uma palavra durante a investigação

Afinal, resolveram por leva-la presa
Mas , quando quiseram toca-la
tremeram -lhe as mãos

Por fim prenderam a rosa
Acharam o homem que carregava inofensivo , ou talvez, pobrezinho..... cooptado pelos efeitos subversivos desta.

A imprensa logo batizou o caso de o Roubo Rosa.
Não demorou para que especulassem que a Rosa acobertava pelas manhãs certos orvalhos de honestidade questionáveis
Conseguiram depoimentos das rosas de canteiros vizinhos sobre sua juventude pertubadora
Feliz ficaram todos, afinal
Sabendo que o mal que os aflingia, estava agora confinado bem longe da vista.

Esta sociedade então, sem a Rosa, passou dia-a-dia ficando sem amor e paixão
Perderam a sensibilidade de sua pétalas
Ficando só com os espinhos em suas mãos

Hoje dizem,
que os tais policiais daqueles tempos
Por fim ....como todos morreram
E o homem que na época solto ficou
Deu por ir ao vélorio dos tais
Sentou -se ao chão
E de Rosas cobriu o caixão

Assim, os homens passam a vida vendo rosas morrerem em suas mãos
mas, somente depois do Roubo Rosa
Os homens se lembraram por que as carregam nas mãos
Nós passamos
As rosas não

Aos Trancos

Tristes trópicos pobre Brasil

Palavra engasgada na garganta com fome

Grito contido no peito que grunhe

Luta travada no chão que te engole

Luz que brilha nos olhos do filho

As palavras travam suas lutas na boca dos homens

Ao trabalho

Depois de longa férias a boa criatividade a casa torna

Aproveitem e apreciem

Abraços, Michel