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sábado, 23 de julho de 2011

Oficina realiza curta-metragem sobre Sartre e Pelé em Araraquara



A realização de oficina de curta-metragem na unidade do Sesc Araraquara, neste mês de julho, teve como produto um filme que aborda a vinda do filósofo Jean-Paul Sartre e do esportista Pelé (Edson Arantes do Nascimento) para a cidade de Araraquara no dia 04 de setembro de 1960. A oficina foi ministrada a convite do Sesc por integrantes do Instituto Kinoarte, Oscip fundada em 2003 que desenvolve trabalho em cinema, localizada na cidade de Londrina.
O curta-metragem foi gravado em instalações pela cidade de Araraquara e agora segue na fase final de edição, o objetivo é que a obra possa estar disponível no mês de agosto, data comemorativa de aniversário da cidade. O filme desenvolve um suposto encontro entre Sartre e Pelé na época.
A oficina contou com a participação de alunos de Araraquara e região e pretende com o curta-metragem resgatar uma data histórica para a cidade e o país. Neste dia Jean-Paul Sartre proferiu palestra na então Faculdade de Filosofia, atual Casa da Cultura, na sala que posteriormente seria nomeada com o nome do filósofo. Já Pelé enfrentava a Ferroviária, e veria naquela data o Santos perder de 4 a 0 da Ferrinha.
O dois acontecimentos, o jogo e a palestra, geraram uma lenda na cidade de um suposto encontro entre as duas figuras históricas naquele dia, o mito de certa forma foi alimentando através da narrativa ficcional do escritor araraquarense Ignácio de Loyola Brandão ao representar o encontro em sua obra literária. Quem explica o caso é um dos entrevistados no curta-metragem o Prof. Dr. Luiz Antônio Amaral da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara/Unesp.
Em breve deverão surgir novas informações sobre o lançamento da obra, onde na data a cidade deverá ser convidada a rememorar um pouco de sua história através da arte do cinema.


Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Cultura e política




A Fundação de Arte e Cultura de Araraquara (Fundart) vive um momento decisivo e terá agora seus últimos dez anos de existência investigados por comissão criada pela Prefeitura de Araraquara, além de enfrentar denúncia no Ministério Público. Nesta última semana tive a oportunidade de encontrar o Prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) e através de sua assessoria tentei obter uma entrevista sobre o caso de investigação da Fundart, mas não obtive sucesso no intento. De fato, uma pena, pois foi importante a atitude do governo municipal em criar a comissão de investigação sobre o caso, ampliar a investigação para os últimos dez anos e ainda atuar junto da Câmara Municipal no processo de averiguação. Há muito o que ser falado sobre o caso, ficamos no aguardo.


02. Grupos

Parece que uma nova onda veio habitar a cidade de Araraquara, a da atuação em grupos articulados. No início da gestão do atual prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) foi criada a Associação dos Prefeitos da Região de Araraquara (Apra), onde o conjunto de lideres do Poder Executivo da região passaram a debater temas importantes como, por exemplo, questões da área da saúde e destinamento do lixo produzido nas cidades.
O legislativo também não ficou para traz e logo foi criado o Parlamento Regional, que agrega o conjunto de vereadores da região, contando ainda com a presença dos deputados estaduais Edinho Silva (PT), Roberto Massafera (PSDB) e o deputado federal Dimas Ramalho (PPS).

03. Novas formas

Estes grupos, não existentes em outros tempos, são frutos de avaliação de que alguns problemas seriam somente possíveis de solução se enfrentados de forma articulada entre várias cidades. Assim, Legislativo e Executivo buscaram novas formas de organização para solucionar suas pendências, apostando na força da comunicação entre os envolvidos. Alguns anos depois a sociedade também começou a se ver forçada a buscar novas formas de se organizar.

 Daí, temos agora as redes sociais que de certa forma inauguram uma possibilidade diferenciada da sociedade se mobilizar perante suas necessidades de luta. Não demorou muito e dois eventos públicos já foram organizados. Nada mais justo que agora tanto aqueles que formulam as políticas quanto aqueles que elegem os políticos possam contar com suas organizações para obter soluções.


 Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

terça-feira, 19 de julho de 2011

Cultura Política e Política de Cultura

O tema dos bastidores da política são as atuais denúncias contra a Fundação de Arte e Cultura de Araraquara (Fundart). O tema é complexo e ganha força graças ao contexto político geral já conturbado. Neste debate estarão frente a frente a cultura da política e a política de cultura. Por um lado, os agrupamentos organizados do setor cultural irão defender maior atenção para com as políticas de cultura por parte do governo e forçar o cerco em busca de respostas sobre possíveis irregularidades no já tão reduzido orçamento da cultura. Por outro lado, a classe política irá se mobilizar para averiguar o caso e terá de enfrentar os fantasmas da suposta corrupção que rodam a cultura política no país. Está aí um desfecho que será repleto de batalhas.

02. Plantando uma semente

O vereador Fernando Cesar Câmara, o Galo, (PV) apresentou requerimento ao gerente do Sesc de Araraquara Paulo Casale congratulando pela elaboração da cartilha que institui o “Passeio Verde” no município de Araraquara. O trajeto que vai da Igreja Matriz até a unidade do Sesc, conta com identificação de espécies de árvores características do panorama ambiental da cidade. O passeio ambiental passa a compor agora o conjunto de atividades dos alunos da rede municipal de educação de Araraquara.

03.  Lapena

O vereador Lapena (sem partido) comentou ontem sobre o caso de denúncia anônima sobre relação indevida entre vereador e Prefeitura Municipal através de empresa, sendo a restrição prevista na Lei Orgânica do Município. “Foi feita uma denúncia anônima que dizia que tenho um contrato com a Prefeitura, mas dos poucos casos que atendi da Prefeitura na clinica, os pacientes em estado grave sempre eram objeto de decisão judicial, como médico não neguei este atendimento e foi a Prefeitura que procurou a minha clínica, como a única do município, agimos na maior boa fé. Não nego que realizamos alguns atendimentos, mas não existe contrato. Preciso me enquadrar, deixar de fazer o atendimento é a maneirar mais correta, o prefeito terá de buscar outra forma de contem


Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo


Luís Michel Françoso

domingo, 17 de julho de 2011

A política da guerra

01. A política da guerra

Esta semana foi para o campo político um marco no início de uma guerra que já vinha se anunciando, uma batalha entre eleitos e eleitores.  Por mais que a discussão sobre a reforma política venha sendo prorrogada em Brasília no Congresso Nacional, os eleitores nas cidades parecem estar atentos a esta discussão. Mas, não se afobem, pois este é apenas o início de um processo que promete somente ter fim para outubro de 2012. São as já tão esperadas eleições municipais.
Em Araraquara, os políticos estão sendo questionados em todas as perspectivas de sua existência, exemplos não faltaram como o debate sobre o número de vereadores que a cidade necessita e a moralidade da negociação de cargos ao mesmo tempo em que se negociam votos. Ou seja, todos os valores que compõem a pratica política estão de alguma forma em situação de questionamento.

02. Prefeitura de Araraquara

A Prefeitura de Araraquara também não ficou livre deste processo, e também se vê obrigada a navegar em ambientes ainda muito incertos quanto aos resultados políticos. Nesta atual gestão se iniciaram experiências de políticas públicas também muito questionadas e observadas pela população. Foram as experiências público–privadas em setores estratégicos da administração e da vida dos cidadãos, tais como a introdução do Sistema Sesi no setor da educação e a Oscip Instituto Acqua na rede de saúde pública.

03. Uma reforma

Este é o contexto pelo qual passa a cidade de Araraquara, onde muitos questionam a classe política nos jornais, revistas, redes sociais e televisão. Mas, não se enganem, todos estes movimentos não apontam para uma transformação profunda nas estruturas da democracia, mas vem desempenhar o papel de consolidar um novo cenário para as eleições de 2012. Mesmo, aqueles que participam deste processo e alegam desconhecimento do que fazem, não serão poupados. Pois, ninguém pode pretender mudar a política, se não mudarem aqueles que a praticam. Assim, antes da reforma política, que possamos ao menos enxergar neste próximo período o surgimento dos reformadores. Pois, estes antes de tudo é que nos faltam.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

“Temos que acabar com a hipocrisia da Câmara Municipal”

01. “Temos que acabar com a hipocrisia da Câmara Municipal”


Temos que acabar com a hipocrisia da Câmara Municipal”, a frase não saiu das ruas, mas da boca do líder de governo João Farias (PRB) logo ao final da votação que decidiu pela permanência na função parlamentar de Lucas Grecco (PMDB)
Este é o primeiro artigo de nossa coluna sobre o assunto, e o motivo é bem simples. O problema do caso Grecco envolve a suposta prática de troca de cargos por apoio político, prática tão notória e comum na política que tem abrangência muito maior que a figura do vereador em questão. Pois bem , o assunto saiu do foro privado e ontem ganhou finalmente o plenário da Câmara.
Por incrível que pareça o debate representa um enorme avanço para a política e esta atual legislatura abre as portas do debate de forma correta ou não sobre o impacto de práticas equivocadas já consideradas tão normais na política.


02. Você já trocou seu voto?

Quem nunca viu uma faixa de um político na quermesse da Igreja com os dizeres “Obrigado amigo político de tal...”, ou ainda aquela reunião com líderes de bairro antes das campanhas eleitorais onde se prometem cargos políticos em troca de votos daquela região, ou ainda a mais comum de todas, alguém da sua família chega em você e pede voto para aquele candidato por que ele vai empregar um parente seu.
Enfim, a palavra talvez seja um dos maiores patrimônios da política desde os tempos da Grécia Antiga, no nascedouro da democracia. Mas, ao passar este acordo labial já tão velho, para o papel o vereador Lucas Grecco entrou num território onde a justiça considera uma prática ilegal, mas a política não.


03. Novas coisas

Segundo Boi esta foi a decisão mais difícil da história da Câmara Municipal, e ele tem certa razão. Pois a Câmara historicamente sempre tomou decisões difíceis, mas nunca nesta condição de vigilância. São câmeras fotográficas, notebooks, gravadores, rede virtual, rádio, televisão, etc.
A lição é que não podemos tratar as coisas da mesma forma como sempre tratamos, o destino do vereador Lucas Grecco (PMDB) pouco mudará o destino da política sobre este tema. E polemizar sua figura não contribui em nada ao momento, e muito menos este polemizar com a imprensa como ocorreu em alguns momentos de ontem na sessão.
A atual Câmara desbrava um terreno nunca antes vivido pelos políticos, eles são vigiados em seu cotidiano pelas redes sociais, são gravados, filmados em sessão e distribuídos em pequenos vídeos pela internet. Resta saber se o eleitorado saberá aproveitar estas alterações para transformar as políticas numa prática mais próxima das suas bases de sustentação.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Em sessão tensa Câmara aprova permanência de vereador

Ontem (12) ocorreu sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara que decidiu sobre a permanência do vereador Lucas Grecco (PMDB) na função de vereador. Após intenso debate, os parlamentares decidiram por seis votos a cinco pela permanência no cargo do vereador Lucas Grecco (PMDB), réu em ações na Justiça Eleitoral e na Justiça Comum.
Votaram pela permanência de Grecco os vereadores: Serginho Gonçalves (PMDB), Elias Chediek (PMDB), João Farias (PRB), Juliana Damus (PP), Fernando Cesar Câmara, o Galo, (PV) e Pastor Raimundo (PRB). Contrários a permanência votaram: Márcia Lia (PT), Carlos Nascimento (PT), Edio Lopes (PT), Lapena (sem partido) e Tenente Santana (PSDB).
O vereador Lucas Grecco (PMDB) será julgado por crime eleitoral por promessa de cargos a aliados políticos em troca de suposto pedido de apoio a sua candidatura no ano de 2007. O acordo foi redigido em documento e assinado pelos envolvidos.

OPINIÕES

Defensor de Lucas Grecco na Câmara o líder de governo João Farias (PRB) declarou sobre o tema ”eu acho que o resultado da votação foi ruim para a Câmara Municipal, é uma pena a Câmara tratar o debate sobre temas que para a sociedade são negativos, mas, esta questão ainda vai ser julgada, foi uma decisão sensata”.
Questionado sobre se considera que a troca de cargos por apoio político é uma prática comum na política, Farias afirmou “ela é uma pratica comum não tenho nenhuma duvida disso, entre as várias pactuaçoes que são feitas pelos partidos uma delas é a garantia de participação no governo com a indicação de nomes para ocupar determinados cargos, me diz aonde isto não é notório, esta é uma pratica comum na estrutura política brasileira”.
O vereador Lapena (sem partido) que votou contra a permanência do vereador Lucas Grecco , declarou ter sofrido pressão por conta dos vereadores João Farias (PRB) e Serginho Gonçalves (PMDB) por declarar sua intenção de voto. “Ontem conversava com o Boi [presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB)] na sala da presidência e o João falou comigo ‘como você esta querendo pressionar o Lucas, se você pega seu dinheiro e dá para as entidades em troca de votos?’, já o Serginho afirmou que tem um documento pronto na Câmara e que alguém entregara no Ministério publico dependendo do meu voto hoje, não vou admitir uma pressão desta, fui submetido a uma coação, e tenho que tornar pública”.
O meu projeto do Hospital dos Queimados foi rejeitado pela base do governo, que se dizem assistenciais, em defesa dos menos favorecidos, nós temos aqui pessoas que pagam dizimo na igreja, isto é compra de votos também?Temos de ir muito mais longe, quantas pessoas que estavam aqui assistindo sessão desde as 14h da tarde que ocupam cargos comissionados? Um monte. Não dei meu salário de vereador, dou doações em dinheiro como empresário fruto de meu trabalho em minhas empresas e minha clinica médica, meu rendimento profissional”, complementou Lapena.
Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso