01. Orgulho de Araraquara
Ontem (09) na sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara realizou discurso a Tribuna Popular o bailarino araraquarense José Paulo dos Santos onde comentou sobre sua trajetória artística internacional. Paulo já se apresentou em países da América Latina e Europa, sendo que atualmente estuda na cidade de Bruxelas, na Bélgica. O bailarino iniciou a carreira nas oficinas culturais do Vale do Sol na cidade de Araraquara.
02. O valor do vice
O clima na Câmara Municipal estava carregado pelo peso político do rompimento do então secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-prefeito Valter Merlos (DEM) e o prefeito de Araraquara Marcelo Barbieri (PMDB).
Sobre o tema comentou o vereador licenciado e atual secretário de Serviços Públicos Paulo Maranata (PR) “eu acho que o Marcelo vai trazer o vice-prefeito para a base de volta, no quadro para 2012 a tendência é aglutinar, isto é um vento que vai passar”. Em entrevista o presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) declarou “tenho grande afinidade política com o Valter, mas é o prefeito que deve construir os rumos, é evidente que o Valter não estará com ele, isso enfraquece sim, porque ele é uma pessoa com postura, com liderança”.
03. Torre de Babel
Com o afastamento de Valter Merlos do grupo político do atual prefeito a tendência é que o campo de partidos da base governista busquem se aproximar para substituir o papel que hoje o DEM cumpre no atual governo. No último período o que se pôde assistir foi uma rápida ação dos governistas em compor alianças para 2012, o próprio prefeito Marcelo Barbieri se fez presente em eventos declarando a conclusão de tais acordos. O resultado imediato é que de fato o PMDB, partido do prefeito, atraiu várias lideranças de outras siglas partidárias, compondo um arco amplo de alianças para as eleições de 2012.
O único problema é que estamos ainda há 1 ano das eleições e alguns desgastes vão surgindo, sendo que o primeiro veio a estourar no núcleo do governo, no cargo de vice. Uma das maiores dificuldades do PMDB será o de conciliar interesses de aliados até que cheguem as eleições.
04. Política não morde
A política segue sendo um ofício quase que maldito, criticada, questionada e dada a poucos créditos pela maioria. Dificilmente pode se encontrar alguém que esteja disposto a defender algum projeto, ou político, sem estar sendo remunerado para tal. O curioso é que o fato se reproduz também entre os próprios políticos, é de se espantar que alguns parlamentares, por exemplo, destaquem como positivo o fato de terem diminuído o número de vereadores na Câmara.
É no mínimo fantasioso acreditar que menor número de vereadores signifique maior quantidade de honestidade, se assim o fosse poderíamos criar o Índice de Honestidade por Número de Vereadores (IHNV). Outro argumento que surgiu na sessão legislativa de ontem (09) foi o que defendia que problemas na administração pública surgem pelo motivo de cargos serem compostos por figuras políticas e não técnicas, acabando assim por politizar a saúde e a educação, por exemplo. Político ou não, o importante é que a pessoa que esteja encaminhada para cumprir determinada tarefa na administração pública tenha os pré-requisitos necessários à função.
Nos dois casos a política é sinônimo de maldade e erro. Na verdade os dois discursos escondem que todos fazem política, técnico ou não, 100 vereadores ou 2 vereadores, todos infalivelmente definirão estratégias, acordos, alianças e rompimentos. Política não morde, como tenta se vender. Mas, sim pode se morrer quando picado, principalmente para os que não a enxergam.
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