01. Rumo à privatização do DAAE e da CTA
Pelo que se comenta nas ruas um dos principais pontos fracos do atual governo são as autarquias Companhia Tróleibus Araraquara (CTA) e o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE). No transporte público as reclamações são variadas e abrangem atraso de ônibus, superlotação de passageiros e péssimas condições dos veículos. De fato a Prefeitura após três anos de gestão não conseguiu emplacar a criação dos mini-terminais, o projeto previa descentralizar o transporte coletivo e dinamizar a circulação dos veículos.
Já o DAAE foi alvo de críticas não somente da população, mas também do líder de governo na Câmara Municipal João Farias (PRB). Na sessão da semana passada o parlamentar chamou em público a atenção do superintendente do DAAE o engenheiro Guilherme Ferreira Soares sobre demora no atendimento a pedidos da população. Farias afirmou ainda que certas pessoas do próprio governo parecem jogar contra o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
Para piorar a situação, ontem (16) a Cooperativa de Catadores de Araraquara (Acácia) perdeu grande quantidade do material reciclado colhido na cidade. A Acacia tem contrato com o DAAE, pois o departamento é responsável pelo trato dos resíduos sólidos no município. A cooperativa por sua vez afirma esperar conserto de máquina quebrada há um mês, tendo assim de armazenar quantidades altas de material colhido, o trágico é que ontem incêndio atingiu boa parte do estoque.
É problemático quando setores essenciais à vida dos cidadãos se encontram em dificuldades, cenários como estes acabam contribuindo para aumentar o coro daqueles que desacreditam da gestão pública. Em pouco tempo as possibilidades podem acabar sendo mesmo a privatização das duas instituições.
02. Máquina (Mágica) Pública
Ontem (16) na sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara dois projetos estiveram em debate, o primeiro que prevê proibir que se ouça música ou similar através de aparelhos de som nos transportes coletivos da cidade e o segundo que proíbe veículos de emitirem sons com volume igual ou superior a 50 decibéis. O primeiro projeto é de autoria do vereador Carlos Nascimento (PT) e o segundo de Elias Chediek (PMDB).
Os dois projetos entram na fileira de outros já apresentados, como o do vereador Serginho Gonçalves (PMDB) que prevê regulamentar veículos que circulam emitindo propaganda sonora no centro da cidade, o projeto do vereador João Farias (PRB) sobre tempo máximo de espera em filas de supermercado e de Nascimento (PT) sobre filas em banco.
Enfim, os exemplos são variados, de iniciativas que buscam aumentar a fiscalização sobre diversos setores que compõem o cotidiano do cidadão. Mas, fica uma dúvida, será que os abusos existem por que a Prefeitura não tem fiscais suficientes ou será que devemos criar leis para situações cada vez mais específicas da vida do cidadão?
Tenho certeza que a maioria das pessoas deve ter clareza de que o número de fiscais disponíveis pelo poder público para fiscalizar cada uma destas situações previstas em lei não é suficiente. Muito provavelmente os parlamentares da cidade também saibam que o número não esta a altura do necessário.
Mas, quem sabe talvez todos esperem que o setor de fiscalização da Prefeitura seja tal como o futebol, uma caixinha de surpresas.
03. PMDB e só
Crescem os rumores nos bastidores de que o PMDB vem construindo proposta interna que prevê não realizar coligações proporcionais nas eleições de 2012. Sobre o tema foi entrevistado o presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) que declarou “estamos construindo proposta interna para fortalecer o PMDB, não iremos nos coligar na proporcional com partidos grandes e iremos estudar ainda se iremos fazer coligações com partidos menores, sabemos que o PMDB será o pilar de sustentação do projeto do prefeito nas próximas eleições”.
Assim, aumentam as tensões em partidos menores, que diante do cenário estão se fundindo ao PMDB ou buscando outros partidos que possam ser aliados na disputa das próximas eleições.
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