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terça-feira, 11 de outubro de 2011

PV defende limite de aumento do salário de vereadores igual ao dos servidores públicos

No último período foi colocado em debate no cenário local a questão do aumento do subsídio direcionado a remuneração dos atuais 13 parlamentares da Câmara Municipal de Araraquara. O vereador e presidente local do Partido Verde Fernando Cesar Câmara, o Galo (PV), defendeu, segundo nota aprovada por seu partido que “o aumento dos subsídios dos vereadores devem ter como limite o valor percentual máximo acumulado dos salários dos funcionários públicos”.
Nos últimos dias foi debatida na Câmara Municipal criação de projeto que altera o salário dos vereadores para o montante de quase R$ 8 mil reais, representando um aumento de 60%.
O reajuste salarial dos vereadores deve ser votado somente em 2012, e tem validade para a legislação de 2013, portanto, para os vereadores eleitos após as eleições municipais de 2012. As alterações a serem realizadas nos salários dos parlamentares podem somente serem alteradas no último ano de cada legislatura, portanto, a cada quatro anos.
A nota enviada pelo Partido Verde de Araraquara declara que “os subsídios são pagos pela população araraquarense e a ela devemos prestar contas, a Câmara Municipal nos últimos anos tem devolvido verba ao orçamento do município e essa é uma prática que não deve ser abandonada”.


Entenda a questão

Nos últimos dias foi debatida na Câmara Municipal criação de projeto que altera o salário dos vereadores para o montante de quase R$ 8 mil reais, representando um aumento de 60%. “Diante deste cenário fui convocado por meu partido [Partido Verde] para definir uma posição sobre o tema, temos que dar uma resposta coerente à população enquanto lideranças políticas, definimos por defender um aumento ao nível do já recebido pelo funcionalismo público da cidade, contando os anos de 2009, 2010, 2011 e projeção para 2012 acreditamos que fique em torno de 31% o limite de reajuste para o subsídio dos vereadores”.
A nota elaborada pelo PV declara ainda “os vereadores são servidores públicos, ainda que não sejam funcionários do município, e devem ter como eixo de reflexão sobre o aumento de seus subsídios o padrão de ganhos (defasagem e aumentos) recebidos pelos empregados pela administração municipal”.
Segundo prevê a Constituição Federal os salários dos vereadores não podem superar 50% do que é pago aos deputados estaduais e nem ultrapassar o limite de 5% da receita municipal, atualmente os deputados estaduais de São Paulo recebem subsídio de R$ 20.000.
Fica a cargo do legislativo de cada cidade definir os limites de vencimentos, observando as diretrizes já mencionadas.

Histórico na última década da política salarial

Se fizermos uma projeção da política salarial para os servidores públicos na última década teremos que durante o governo do ex-prefeito Edinho Silva (PT), período de 2001 a 2008, o acúmulo dos reajustes salariais foi de 29,66%.   Já o cargo de prefeito no período de 2001 a 2011 obteve reajuste em seu subsídio de 63%.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo
Luís Michel Françoso

sábado, 1 de outubro de 2011

Greve dos bancários exige melhores condições de trabalho



Em Araraquara desde o dia 27 de setembro a categoria dos bancários realiza greve geral, o segmento defende reajuste salarial de 12,8%, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 8%.
Segundo Gilberto Paulilo presidente do Sindicato dos Bancários de Araraquara a categoria reivindica o pagamento de três salários da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que somam R$ 4.500, o fim do assédio moral, melhores condições de trabalho nas agências, contratação de bancários, melhorias de segurança nas agências, diminuição de tarifas de transferências bancarias para que se reduza as saídas dos bancos, auxilio alimentação e auxilio creche maior, no valor de um salário mínimo.

Alteração do horário

Segundo Gilberto Paulilo o sindicato apóia a alteração do horário de atendimento dos bancos “defendemos um horário de atendimento maior com dois turnos de trabalho das 9h às 17h, temos uma opinião favorável a está questão há quase dez anos, o banco faz parte da sociedade e tem que prestar um serviço melhor e o cliente paga caro por este serviço através das tarifas, o banco deveria abrir das 9h às 17h com contratação de mais funcionários nas agências”.
“A adesão está muito boa, temos algumas dificuldades porque os bancos acabam realizando ameaças, afirmando que não irão pagar os dias parados, mas o quadro de paralisação está bom e tende a aumentar se a Fenabam não voltar a negociar”, complementou Gilberto Paulilo.
Segundo o presidente do sindicado dos bancários os seis maiores bancos no Brasil lucraram nos últimos seis meses o montante de R$ 25 bilhões, sendo que no último ano obtiveram crescimento de 35%.
  “As pessoas não estão entendendo o porquê do endurecimento das negociações por parte da Fenabam (Federação Nacional dos Bancos), estamos dialogando com a população e procurando mostrar o lado dos trabalhadores, e muitas pessoas entendem, nosso movimento é fruto de um processo de endurecimento dos patrões e não temos outra saída que não a greve para sensibilizar as negociações”, declarou Paulilo.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

. Rasgando dinheiro


01. Rasgando dinheiro

O líder de governo João Farias (PRB) rasgou em plenário as leis aprovadas pela Câmara Municipal que aprovaram abertura de créditos suplementares na gestão do ex-prefeito Edinho Silva (PT). No momento estava em discussão o projeto de lei que cria crédito adicional suplementar de 34.900.000,00, apresentado pela atual gestão do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
No melhor estilo teatral, a base de governo se inspirou no famoso personagem televisivo Odorico Paraguaçu, argumentando que o atual governo faz “talqualmente” o que o governo anterior realizava sobre a política de criação de créditos adicionais.

02. Seicho-No-Ie

Em discurso o parlamentar Edio Lopes (PT) relembrou a importância da comemoração do dia da Seicho-No-Ie em Araraquara, que foi celebrado na quarta-feira (21) passada. O dia foi marcado por distribuição de árvores a população e palestra a noite na Câmara Municipal. A Seicho-No-Ie é uma filosofia de vida que se empenha na difusão de valores humanitários, sendo ainda reconhecida enquanto instituição colaborativa nas ações que visam à proteção do meio ambiente.

03. Comida saudável

Em todas as últimas sessões ocorrem discursos alertando sobre o problema na distribuição de merenda nas escolas municipais, apesar deste cenário os cortes anunciados pelo projeto que cria crédito suplementar chega a R$ 120 mil no programa de alimentação escolar. A base governista garantiu que os programas estarão mantidos, e que estão somente “cortando gordura”
O corte pode ser preocupante, mas ainda assim nenhuma prova concreta foi apresentada ao público. Ontem (27) foi debatida proposta de visita dos vereadores as escolas para averiguar a questão.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Prefeitura prevê cortes para cumprir despesas


Foi debatido ontem (27) na sessão legislativa da Câmara de Araraquara o projeto de lei apresentado pela Prefeitura Municipal que permite abertura de crédito suplementar com limite de até 34.900.000 milhões para cumprir despesas com pessoal civil, obrigações patronais, limpeza e conservação de próprios municipais.  A Prefeitura argumenta que “o crédito autorizado será coberto com os recursos provenientes de excesso de arrecadação a ser apurado durante o exercício, no valor de R$ 21.651.106,50”.
O projeto foi aprovado na Câmara por 9 votos a favor e 3 votos contrários [Márcia Lia (PT), Carlos Nascimento (PT) e Edio Lopes (PT)].
A base governista se defendeu declarando “não estamos prejudicando os segmentos de Araraquara, estas são verbas previstas que acabaram não acontecendo e que serão remanejadas para outras áreas” afirmou o vereador Elias Chediek (PMDB).
Sobre o projeto o líder de governo João Farias (PRB) argumentou “as acusações da oposição são inverídicas, injustas e de má-fé, nosso projeto é uma prática comum na administração pública, todos os programas estão garantidos, estamos tirando a sobra para, por exemplo, podermos garantir os serviços de terceiros, pagamentos de salários e limpeza pública, inclusive cito aqui a lei 6887, aprovada no final do ano de 2008, quando Araraquara era administrada pelo ex-prefeito Edinho Silva (PT) aprovando crédito adicional no valor de 28.484.000 milhões”.
Os parlamentares de oposição argumentaram contrariamente ao projeto declarando preocupação com os cortes de gasto. A vereadora Márcia Lia (PT) afirmou “estamos vivendo uma situação preocupante em nossa cidade, pois já foram aprovados R$ 20 milhões através de pedidos de crédito adicional aprovados nesta gestão, a Prefeitura já executou 70% de receita do orçamento, e ainda temos 120 milhões de salários a empenhar, é preocupante, este projeto de lei cancela serviços, reduz programas especiais e atinge a merenda escolar, o povo que precisa de políticas públicas será o grande prejudicado”.

Conheça quais serão as alterações no orçamento

O projeto apresentado prevê anulações no valor total de R$ 13.248.893,50 de recursos, acompanhe a seguir algumas das reduções no orçamento: Governo Popular nos bairros R$ 50.000, Casa dos Conselhos R$ 77.000, apoio às pessoas com deficiência física R$ 80.000, promoção da igualdade racial R$ 34.000, planejamento de atividades a juventude R$ 54.000, R$ 78.000 na coordenadoria executiva de políticas públicas para Mulheres, R$ 302.000 na administração distrital da Vila Xavier, R$ 26 mil programa de controle de AIDS e DST, R$ 120.000 de alimentação escolar, R$ 35.000 do programa de educação a portadores de necessidades especiais – fundamento, R$ 17.000 bolsa de estudos a portadores de necessidades especiais, R$ 57.000 cursinhos populares, R$ 50.000 valorização do magistério – remuneração de professores, programa de difusão de artes R$ 30.000, R$ 80.000 para manutenção de áreas esportivas, R$ 211.000 de recursos da secretária municipal cooperativa nos assuntos de Segurança Pública e R$ 26.000 de programa de bolsa de estudos para alunos com paralisia cerebral.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso


Novas filiações definem estratégia do PRB na cidade


Para comentar as novas filiações realizadas nesta semana pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) em Araraquara, concedeu entrevista o vereador João Farias (PRB). Farias que foi convidado para compor a executiva estadual de seu partido e atualmente ocupa o cargo de líder de governo na Câmara Municipal, comenta as estratégias do seu partido para as eleições municipais de 2012.
            Na última segunda-feira (19) o PRB em evento filiou o ex-peessedebista Renato Haddad, atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (Acia), o vereador Pastor Raimundo, que deixa o PP, o atual coordenador do Patrimônio Histórico do município, Domingos Carneseca Neto, que estava no PSB, dentro outras lideranças. Acompanhe abaixo entrevista sobre importantes temas da política local.


Jornal Folha da Cidade - 01. Futuro do PRB

Vereador João Farias - Nossa principal estratégia no momento é se consolidar enquanto um partido forte, demonstrando capacidade de agregar nomes de vários setores da sociedade. Desde que assumimos em 2007 o PRB, tínhamos convicção de transformar um partido novo em um partido forte com legitimidade para propor políticas importantes para a cidade. A atividade na última segunda feira foi de grande expressão política, onde conseguimos reunir mais de 300 pessoas para prestigiar um ato político de filiações.

02. Próximas eleições

Vereador João Farias - Eu não tenho dúvida nenhuma que na pior das hipóteses iremos dobrar o número de vereadores na Câmara, e agora com o Pastor Raimundo, posso garantir que temos totais condições de viabilizar pelo menos três nomes para a próxima legislatura, mas temos que ter em vista que por sermos um partido novo não temos o número de votos das legendas, como têm os partidos tradicionais. Mas, tenho certeza que seremos o partido que mais irá crescer na Câmara Municipal na próxima legislatura.

03. Disputa entre PMDB e PT

Vereador João Farias - Todo processo na vida passa por uma renovação automática, as pessoas envelhecem, e na política também é assim. A polarização em Araraquara entre PT e PMDB de certa forma ofuscam a construção de nova alternativas, mas eu acho que tudo se constrói, acho que a disputa acirrada entre PT e PMDB foi a construção de pessoas integrantes destes partidos para disputarem hoje de forma protagonista, poderia ser qualquer outro partido. Espero que no futuro, em algum momento estaremos em condições de ser uma alternativa real enquanto partido principal. Não apresentamos candidatura a prefeito para estas eleições porque já contribuímos na construção do mandato do atual prefeito Barbieri [Marcelo Barbieri (PMDB)], e temos uma referencia positiva de sua administração, um governo que atende os interesses da cidade. O PRB vem construindo as condições para disputar nas próximas eleições, mas ainda não é o momento deste tipo de ambição política para  2012

04. Articulação da base do governo

Vereador João Farias - Eu tenho pouca interferência nas discussões políticas eleitorais do governo do prefeito, trato este assunto a partir do campo do PRB. Eu busco sempre que possível, que este campo fique unificado, o principal articulador é o PMDB. Acho que cabe ao PMDB liderar as discussões das questões de coligações proporcionais dentro da ótica da majoritária, quem tem que trabalhar para constituir as coligações é o PMDB que tem candidato na majoritária, tem que pensar na abrangência da coligação, esta deve ser a  preocupação do PMDB.


05. Como você avalia a atual aliança entre os deputados federal Dimas Ramalho (PPS) e estaduais Edinho Silva (PT) e Roberto Massafera (PSDB)?

Vereador João Farias - Em Araraquara tem uma característica política que na maioria das vezes é positiva, de um discurso de união dos interesses da cidade, onde vale o interesse da cidade. Mas às vezes as pessoas se utilizam desta característica para se omitir das disputas locais que interferem diretamente na luta da cidade. Acho que os três deputados deveriam se envolver mais diretamente e menos indiretamente como fazem, e acabam criando certas instabilidades. Eu respeito esta união, mas é evidente que cada um tem interesses distintos, seus interesses não são coletivos, tanto é que estão em partidos diferentes, é natural que em algum momento estas diferenças apareçam, e espero que quando isto acontecer que continue prevalecendo o sentido maior de respeito à cidade. Eu não faria o mesmo, até porque não teria o mesmo comportamento.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

terça-feira, 27 de setembro de 2011

1ª Mostra Internacional de Cinema Ambiental estimulou público a mudança de atitude


A 1ª Mostra Internacional de Cinema Ambiental de Araraquara (I MICA Ara) realizada entre os dias 20 e 23 deste mês destacou valores de uma sociedade mais sustentável e humana. Realizada em uma parceria da secretaria municipal de Meio Ambiente e o Sesc (unidade Araraquara) exibiu obras cinematográficas ao longo da semana abordando a importância da conscientização das pessoas frente às questões ambientais de nosso mundo.
Sobre a Mostra Internacional declarou a presidente da Cooperativa de Catadores de Araraquara Helena Francisco da Silva “é muito importante a idéia contida nesta Mostra Internacional, os filmes da mostra conseguem nos apresentar uma reflexão sobre a atual questão do lixo, principalmente sobre a questão da transformação através do uso do lixo, acreditamos que é possível realizarmos grandes mudanças”.
O secretário municipal Genê Catanozi (Meio Ambiente) afirmou durante o evento “esta atividade vem marcar os dois anos de atuação e existência da secretaria de Meio Ambiente em nossa cidade, estes filmes vem nos mostrar a importância de mudarmos as forma como as coisas estão, revelando que à medida que modificamos nossas ações podemos determinar mudanças no mundo como um todo”.
Em discurso o Gerente do Sesc (unidade Araraquara) Paulo Casale destacou a importância do trabalho da Cooperativa Acácia para o município de Araraquara “convido a todos a realizarem uma visita a Acácia, para que reflitam um pouco mais sobre o quanto é grande a quantidade de resíduos que produzimos, a Acácia presta um trabalho imprescindível e extraordinário, e vem demonstrando como pequenas ações podem mudar o mundo”
Na abertura do evento foi exibido o documentário “Uma Verdade Inconveniente”, de Davis Guggenheim, na terça-feira (21) o documentário “Lixo Extraordinário”, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley Dur, na quarta-feira (22) “Estamira”, de Marcos Prado, quinta-feira “Césio 137 – O Brilho da Morte”, de Luis Eduardo Jorge, além da exibição ao longo da semana da obra “A Casa Verde”, de Paulo Nascimento.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Política morna e consenso estratégico


01. Sustentabilidade

Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Araraquara, realizada nesta terça-feira (20) foi aprovado o projeto que cria a Semana de Ciclismo, de autoria do vereador Fernando Cesar Câmara,o Galo, (PV) que declarou sobre o tema “recebemos muitas manifestações de ciclistas e moradores parabenizando e apoiando o projeto”. O projeto inclui no calendário Oficial de Eventos do município a Semana Municipal do Ciclismo, que deverá ser comemorada em semana do mês de agosto coincidente com o aniversário da cidade.
A medida deve ter papel fundamental na elaboração de estratégias de melhoramento na circulação de ciclistas na cidade, atuando sobre um tema cada vez mais problemático para Araraquara que é o trânsito. Trânsito este, que só vê aumentar no último período o crescimento na circulação de veículos, em detrimento das modalidades de transporte alternativo.

02 – Política morna e consenso estratégico

Araraquara vive um momento de pouca ousadia na política, onde as aceleradas alianças partidárias visando as disputas das eleições municipais de 2012 correm o risco  de acabar sendo finalizadas sem muitas alternativas para o eleitorado.
A primeira força política em ação hoje é o campo peemedebista que conta com a presidência da Câmara Municipal através do vereador Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) e a chefia do Poder Executivo com o atual prefeito Marcelo Barbieri (PMDB). O PMDB deve cumprir o papel de articular a base governista em vistas da reeleição de Barbieri nas próximas eleições municipais.  A segunda força é composta pelos partidos da base governista, que cada um a seu modo vem buscando se diferenciar no cenário e negociar espaços.
A terceira força política tem como principal partido o PT, que conta com três parlamentares no Legislativo, sendo o responsável pela atual oposição ao governo e a gestão do município no período de 2000 a 2008.
Mas, apesar do conhecimento de que nos bastidores estas forças vem disputando espaço a cada palmo, no debate público todos mantém um discurso pouco capaz de realmente trazer algo de novo para o eleitor.  Tende assim a prevalecer a disputa por cargos e benefícios, do que realmente por projetos. A excelência do debate público é esta, o convencimento por idéias e projetos, mas, ao contrário disto vem prevalecendo um consenso estratégico.
 Nenhumas das figuras parlamentares como o deputado federal Dimas Ramalho (PPS), e os deputados estaduais Roberto Massafera (PSDB) e Edinho Silva (PT) estão ainda declarando de forma explicita suas posições políticas. Neste contexto perde a cidade, pois, caminha sem a formulação de propostas inovadoras que tenham como estímulo a instituição de políticas que possam transformar a realidade de áreas críticas vividas pelo município.
Para entendermos este cenário basta lembrarmos que o atual prefeito Marcelo Barbieri se elegeu com o discurso de manter o que havia sendo construído no governo anterior. E hoje, o que se vê é a base governista criticando o que foi feito no governo petista, apesar de não conseguir criar marcas próprias que colocassem a cidade em um novo momento político que afastasse as lembranças do anterior. Por outro lado, a oposição se esforça em manter o patrimônio de políticas públicas implementadas quanto esteve a frente do Executivo, mas sem conseguir emplacar novas propostas.
Neste cenário de rivalidades entre PT e PMDB os partidos como PV, PRB, PR e DEM ganham espaço para construir uma nova identidade política. O PT hoje não consegue explicar sua identidade política sem criticar o atual governo e o PMDB sem conseguir criticar o governo passado.
Assim, neste contexto onde PT e PMDB criaram um ciclo de dependência mútua e os deputados da cidade ainda não iniciaram um processo de divisão ideológica, tende-se a criar um cenário de baixa elaboração política. Araraquara tem hoje um grande vazio a ser ocupado, e partidos considerados menores tendem a dar o tom da nova disputa. Araraquara necessita de elaborações políticas mais ousadas e que de fato escapem da atual ladainha, onde não conseguem dar um passo sem criticar outro partido.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso