Para comentar as novas filiações realizadas nesta semana pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) em Araraquara, concedeu entrevista o vereador João Farias (PRB). Farias que foi convidado para compor a executiva estadual de seu partido e atualmente ocupa o cargo de líder de governo na Câmara Municipal, comenta as estratégias do seu partido para as eleições municipais de 2012.
Na última segunda-feira (19) o PRB em evento filiou o ex-peessedebista Renato Haddad, atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (Acia), o vereador Pastor Raimundo, que deixa o PP, o atual coordenador do Patrimônio Histórico do município, Domingos Carneseca Neto, que estava no PSB, dentro outras lideranças. Acompanhe abaixo entrevista sobre importantes temas da política local.
Jornal Folha da Cidade - 01. Futuro do PRB
Vereador João Farias - Nossa principal estratégia no momento é se consolidar enquanto um partido forte, demonstrando capacidade de agregar nomes de vários setores da sociedade. Desde que assumimos em 2007 o PRB, tínhamos convicção de transformar um partido novo em um partido forte com legitimidade para propor políticas importantes para a cidade. A atividade na última segunda feira foi de grande expressão política, onde conseguimos reunir mais de 300 pessoas para prestigiar um ato político de filiações.
02. Próximas eleições
Vereador João Farias - Eu não tenho dúvida nenhuma que na pior das hipóteses iremos dobrar o número de vereadores na Câmara, e agora com o Pastor Raimundo, posso garantir que temos totais condições de viabilizar pelo menos três nomes para a próxima legislatura, mas temos que ter em vista que por sermos um partido novo não temos o número de votos das legendas, como têm os partidos tradicionais. Mas, tenho certeza que seremos o partido que mais irá crescer na Câmara Municipal na próxima legislatura.
03. Disputa entre PMDB e PT
Vereador João Farias - Todo processo na vida passa por uma renovação automática, as pessoas envelhecem, e na política também é assim. A polarização em Araraquara entre PT e PMDB de certa forma ofuscam a construção de nova alternativas, mas eu acho que tudo se constrói, acho que a disputa acirrada entre PT e PMDB foi a construção de pessoas integrantes destes partidos para disputarem hoje de forma protagonista, poderia ser qualquer outro partido. Espero que no futuro, em algum momento estaremos em condições de ser uma alternativa real enquanto partido principal. Não apresentamos candidatura a prefeito para estas eleições porque já contribuímos na construção do mandato do atual prefeito Barbieri [Marcelo Barbieri (PMDB)], e temos uma referencia positiva de sua administração, um governo que atende os interesses da cidade. O PRB vem construindo as condições para disputar nas próximas eleições, mas ainda não é o momento deste tipo de ambição política para 2012
04. Articulação da base do governo
Vereador João Farias - Eu tenho pouca interferência nas discussões políticas eleitorais do governo do prefeito, trato este assunto a partir do campo do PRB. Eu busco sempre que possível, que este campo fique unificado, o principal articulador é o PMDB. Acho que cabe ao PMDB liderar as discussões das questões de coligações proporcionais dentro da ótica da majoritária, quem tem que trabalhar para constituir as coligações é o PMDB que tem candidato na majoritária, tem que pensar na abrangência da coligação, esta deve ser a preocupação do PMDB.
05. Como você avalia a atual aliança entre os deputados federal Dimas Ramalho (PPS) e estaduais Edinho Silva (PT) e Roberto Massafera (PSDB)?
Vereador João Farias - Em Araraquara tem uma característica política que na maioria das vezes é positiva, de um discurso de união dos interesses da cidade, onde vale o interesse da cidade. Mas às vezes as pessoas se utilizam desta característica para se omitir das disputas locais que interferem diretamente na luta da cidade. Acho que os três deputados deveriam se envolver mais diretamente e menos indiretamente como fazem, e acabam criando certas instabilidades. Eu respeito esta união, mas é evidente que cada um tem interesses distintos, seus interesses não são coletivos, tanto é que estão em partidos diferentes, é natural que em algum momento estas diferenças apareçam, e espero que quando isto acontecer que continue prevalecendo o sentido maior de respeito à cidade. Eu não faria o mesmo, até porque não teria o mesmo comportamento.
Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo
Luís Michel Françoso
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