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terça-feira, 11 de outubro de 2011

PV defende limite de aumento do salário de vereadores igual ao dos servidores públicos

No último período foi colocado em debate no cenário local a questão do aumento do subsídio direcionado a remuneração dos atuais 13 parlamentares da Câmara Municipal de Araraquara. O vereador e presidente local do Partido Verde Fernando Cesar Câmara, o Galo (PV), defendeu, segundo nota aprovada por seu partido que “o aumento dos subsídios dos vereadores devem ter como limite o valor percentual máximo acumulado dos salários dos funcionários públicos”.
Nos últimos dias foi debatida na Câmara Municipal criação de projeto que altera o salário dos vereadores para o montante de quase R$ 8 mil reais, representando um aumento de 60%.
O reajuste salarial dos vereadores deve ser votado somente em 2012, e tem validade para a legislação de 2013, portanto, para os vereadores eleitos após as eleições municipais de 2012. As alterações a serem realizadas nos salários dos parlamentares podem somente serem alteradas no último ano de cada legislatura, portanto, a cada quatro anos.
A nota enviada pelo Partido Verde de Araraquara declara que “os subsídios são pagos pela população araraquarense e a ela devemos prestar contas, a Câmara Municipal nos últimos anos tem devolvido verba ao orçamento do município e essa é uma prática que não deve ser abandonada”.


Entenda a questão

Nos últimos dias foi debatida na Câmara Municipal criação de projeto que altera o salário dos vereadores para o montante de quase R$ 8 mil reais, representando um aumento de 60%. “Diante deste cenário fui convocado por meu partido [Partido Verde] para definir uma posição sobre o tema, temos que dar uma resposta coerente à população enquanto lideranças políticas, definimos por defender um aumento ao nível do já recebido pelo funcionalismo público da cidade, contando os anos de 2009, 2010, 2011 e projeção para 2012 acreditamos que fique em torno de 31% o limite de reajuste para o subsídio dos vereadores”.
A nota elaborada pelo PV declara ainda “os vereadores são servidores públicos, ainda que não sejam funcionários do município, e devem ter como eixo de reflexão sobre o aumento de seus subsídios o padrão de ganhos (defasagem e aumentos) recebidos pelos empregados pela administração municipal”.
Segundo prevê a Constituição Federal os salários dos vereadores não podem superar 50% do que é pago aos deputados estaduais e nem ultrapassar o limite de 5% da receita municipal, atualmente os deputados estaduais de São Paulo recebem subsídio de R$ 20.000.
Fica a cargo do legislativo de cada cidade definir os limites de vencimentos, observando as diretrizes já mencionadas.

Histórico na última década da política salarial

Se fizermos uma projeção da política salarial para os servidores públicos na última década teremos que durante o governo do ex-prefeito Edinho Silva (PT), período de 2001 a 2008, o acúmulo dos reajustes salariais foi de 29,66%.   Já o cargo de prefeito no período de 2001 a 2011 obteve reajuste em seu subsídio de 63%.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo
Luís Michel Françoso

sábado, 1 de outubro de 2011

Greve dos bancários exige melhores condições de trabalho



Em Araraquara desde o dia 27 de setembro a categoria dos bancários realiza greve geral, o segmento defende reajuste salarial de 12,8%, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 8%.
Segundo Gilberto Paulilo presidente do Sindicato dos Bancários de Araraquara a categoria reivindica o pagamento de três salários da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que somam R$ 4.500, o fim do assédio moral, melhores condições de trabalho nas agências, contratação de bancários, melhorias de segurança nas agências, diminuição de tarifas de transferências bancarias para que se reduza as saídas dos bancos, auxilio alimentação e auxilio creche maior, no valor de um salário mínimo.

Alteração do horário

Segundo Gilberto Paulilo o sindicato apóia a alteração do horário de atendimento dos bancos “defendemos um horário de atendimento maior com dois turnos de trabalho das 9h às 17h, temos uma opinião favorável a está questão há quase dez anos, o banco faz parte da sociedade e tem que prestar um serviço melhor e o cliente paga caro por este serviço através das tarifas, o banco deveria abrir das 9h às 17h com contratação de mais funcionários nas agências”.
“A adesão está muito boa, temos algumas dificuldades porque os bancos acabam realizando ameaças, afirmando que não irão pagar os dias parados, mas o quadro de paralisação está bom e tende a aumentar se a Fenabam não voltar a negociar”, complementou Gilberto Paulilo.
Segundo o presidente do sindicado dos bancários os seis maiores bancos no Brasil lucraram nos últimos seis meses o montante de R$ 25 bilhões, sendo que no último ano obtiveram crescimento de 35%.
  “As pessoas não estão entendendo o porquê do endurecimento das negociações por parte da Fenabam (Federação Nacional dos Bancos), estamos dialogando com a população e procurando mostrar o lado dos trabalhadores, e muitas pessoas entendem, nosso movimento é fruto de um processo de endurecimento dos patrões e não temos outra saída que não a greve para sensibilizar as negociações”, declarou Paulilo.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

. Rasgando dinheiro


01. Rasgando dinheiro

O líder de governo João Farias (PRB) rasgou em plenário as leis aprovadas pela Câmara Municipal que aprovaram abertura de créditos suplementares na gestão do ex-prefeito Edinho Silva (PT). No momento estava em discussão o projeto de lei que cria crédito adicional suplementar de 34.900.000,00, apresentado pela atual gestão do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
No melhor estilo teatral, a base de governo se inspirou no famoso personagem televisivo Odorico Paraguaçu, argumentando que o atual governo faz “talqualmente” o que o governo anterior realizava sobre a política de criação de créditos adicionais.

02. Seicho-No-Ie

Em discurso o parlamentar Edio Lopes (PT) relembrou a importância da comemoração do dia da Seicho-No-Ie em Araraquara, que foi celebrado na quarta-feira (21) passada. O dia foi marcado por distribuição de árvores a população e palestra a noite na Câmara Municipal. A Seicho-No-Ie é uma filosofia de vida que se empenha na difusão de valores humanitários, sendo ainda reconhecida enquanto instituição colaborativa nas ações que visam à proteção do meio ambiente.

03. Comida saudável

Em todas as últimas sessões ocorrem discursos alertando sobre o problema na distribuição de merenda nas escolas municipais, apesar deste cenário os cortes anunciados pelo projeto que cria crédito suplementar chega a R$ 120 mil no programa de alimentação escolar. A base governista garantiu que os programas estarão mantidos, e que estão somente “cortando gordura”
O corte pode ser preocupante, mas ainda assim nenhuma prova concreta foi apresentada ao público. Ontem (27) foi debatida proposta de visita dos vereadores as escolas para averiguar a questão.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Prefeitura prevê cortes para cumprir despesas


Foi debatido ontem (27) na sessão legislativa da Câmara de Araraquara o projeto de lei apresentado pela Prefeitura Municipal que permite abertura de crédito suplementar com limite de até 34.900.000 milhões para cumprir despesas com pessoal civil, obrigações patronais, limpeza e conservação de próprios municipais.  A Prefeitura argumenta que “o crédito autorizado será coberto com os recursos provenientes de excesso de arrecadação a ser apurado durante o exercício, no valor de R$ 21.651.106,50”.
O projeto foi aprovado na Câmara por 9 votos a favor e 3 votos contrários [Márcia Lia (PT), Carlos Nascimento (PT) e Edio Lopes (PT)].
A base governista se defendeu declarando “não estamos prejudicando os segmentos de Araraquara, estas são verbas previstas que acabaram não acontecendo e que serão remanejadas para outras áreas” afirmou o vereador Elias Chediek (PMDB).
Sobre o projeto o líder de governo João Farias (PRB) argumentou “as acusações da oposição são inverídicas, injustas e de má-fé, nosso projeto é uma prática comum na administração pública, todos os programas estão garantidos, estamos tirando a sobra para, por exemplo, podermos garantir os serviços de terceiros, pagamentos de salários e limpeza pública, inclusive cito aqui a lei 6887, aprovada no final do ano de 2008, quando Araraquara era administrada pelo ex-prefeito Edinho Silva (PT) aprovando crédito adicional no valor de 28.484.000 milhões”.
Os parlamentares de oposição argumentaram contrariamente ao projeto declarando preocupação com os cortes de gasto. A vereadora Márcia Lia (PT) afirmou “estamos vivendo uma situação preocupante em nossa cidade, pois já foram aprovados R$ 20 milhões através de pedidos de crédito adicional aprovados nesta gestão, a Prefeitura já executou 70% de receita do orçamento, e ainda temos 120 milhões de salários a empenhar, é preocupante, este projeto de lei cancela serviços, reduz programas especiais e atinge a merenda escolar, o povo que precisa de políticas públicas será o grande prejudicado”.

Conheça quais serão as alterações no orçamento

O projeto apresentado prevê anulações no valor total de R$ 13.248.893,50 de recursos, acompanhe a seguir algumas das reduções no orçamento: Governo Popular nos bairros R$ 50.000, Casa dos Conselhos R$ 77.000, apoio às pessoas com deficiência física R$ 80.000, promoção da igualdade racial R$ 34.000, planejamento de atividades a juventude R$ 54.000, R$ 78.000 na coordenadoria executiva de políticas públicas para Mulheres, R$ 302.000 na administração distrital da Vila Xavier, R$ 26 mil programa de controle de AIDS e DST, R$ 120.000 de alimentação escolar, R$ 35.000 do programa de educação a portadores de necessidades especiais – fundamento, R$ 17.000 bolsa de estudos a portadores de necessidades especiais, R$ 57.000 cursinhos populares, R$ 50.000 valorização do magistério – remuneração de professores, programa de difusão de artes R$ 30.000, R$ 80.000 para manutenção de áreas esportivas, R$ 211.000 de recursos da secretária municipal cooperativa nos assuntos de Segurança Pública e R$ 26.000 de programa de bolsa de estudos para alunos com paralisia cerebral.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso


Novas filiações definem estratégia do PRB na cidade


Para comentar as novas filiações realizadas nesta semana pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) em Araraquara, concedeu entrevista o vereador João Farias (PRB). Farias que foi convidado para compor a executiva estadual de seu partido e atualmente ocupa o cargo de líder de governo na Câmara Municipal, comenta as estratégias do seu partido para as eleições municipais de 2012.
            Na última segunda-feira (19) o PRB em evento filiou o ex-peessedebista Renato Haddad, atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Araraquara (Acia), o vereador Pastor Raimundo, que deixa o PP, o atual coordenador do Patrimônio Histórico do município, Domingos Carneseca Neto, que estava no PSB, dentro outras lideranças. Acompanhe abaixo entrevista sobre importantes temas da política local.


Jornal Folha da Cidade - 01. Futuro do PRB

Vereador João Farias - Nossa principal estratégia no momento é se consolidar enquanto um partido forte, demonstrando capacidade de agregar nomes de vários setores da sociedade. Desde que assumimos em 2007 o PRB, tínhamos convicção de transformar um partido novo em um partido forte com legitimidade para propor políticas importantes para a cidade. A atividade na última segunda feira foi de grande expressão política, onde conseguimos reunir mais de 300 pessoas para prestigiar um ato político de filiações.

02. Próximas eleições

Vereador João Farias - Eu não tenho dúvida nenhuma que na pior das hipóteses iremos dobrar o número de vereadores na Câmara, e agora com o Pastor Raimundo, posso garantir que temos totais condições de viabilizar pelo menos três nomes para a próxima legislatura, mas temos que ter em vista que por sermos um partido novo não temos o número de votos das legendas, como têm os partidos tradicionais. Mas, tenho certeza que seremos o partido que mais irá crescer na Câmara Municipal na próxima legislatura.

03. Disputa entre PMDB e PT

Vereador João Farias - Todo processo na vida passa por uma renovação automática, as pessoas envelhecem, e na política também é assim. A polarização em Araraquara entre PT e PMDB de certa forma ofuscam a construção de nova alternativas, mas eu acho que tudo se constrói, acho que a disputa acirrada entre PT e PMDB foi a construção de pessoas integrantes destes partidos para disputarem hoje de forma protagonista, poderia ser qualquer outro partido. Espero que no futuro, em algum momento estaremos em condições de ser uma alternativa real enquanto partido principal. Não apresentamos candidatura a prefeito para estas eleições porque já contribuímos na construção do mandato do atual prefeito Barbieri [Marcelo Barbieri (PMDB)], e temos uma referencia positiva de sua administração, um governo que atende os interesses da cidade. O PRB vem construindo as condições para disputar nas próximas eleições, mas ainda não é o momento deste tipo de ambição política para  2012

04. Articulação da base do governo

Vereador João Farias - Eu tenho pouca interferência nas discussões políticas eleitorais do governo do prefeito, trato este assunto a partir do campo do PRB. Eu busco sempre que possível, que este campo fique unificado, o principal articulador é o PMDB. Acho que cabe ao PMDB liderar as discussões das questões de coligações proporcionais dentro da ótica da majoritária, quem tem que trabalhar para constituir as coligações é o PMDB que tem candidato na majoritária, tem que pensar na abrangência da coligação, esta deve ser a  preocupação do PMDB.


05. Como você avalia a atual aliança entre os deputados federal Dimas Ramalho (PPS) e estaduais Edinho Silva (PT) e Roberto Massafera (PSDB)?

Vereador João Farias - Em Araraquara tem uma característica política que na maioria das vezes é positiva, de um discurso de união dos interesses da cidade, onde vale o interesse da cidade. Mas às vezes as pessoas se utilizam desta característica para se omitir das disputas locais que interferem diretamente na luta da cidade. Acho que os três deputados deveriam se envolver mais diretamente e menos indiretamente como fazem, e acabam criando certas instabilidades. Eu respeito esta união, mas é evidente que cada um tem interesses distintos, seus interesses não são coletivos, tanto é que estão em partidos diferentes, é natural que em algum momento estas diferenças apareçam, e espero que quando isto acontecer que continue prevalecendo o sentido maior de respeito à cidade. Eu não faria o mesmo, até porque não teria o mesmo comportamento.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

terça-feira, 27 de setembro de 2011

1ª Mostra Internacional de Cinema Ambiental estimulou público a mudança de atitude


A 1ª Mostra Internacional de Cinema Ambiental de Araraquara (I MICA Ara) realizada entre os dias 20 e 23 deste mês destacou valores de uma sociedade mais sustentável e humana. Realizada em uma parceria da secretaria municipal de Meio Ambiente e o Sesc (unidade Araraquara) exibiu obras cinematográficas ao longo da semana abordando a importância da conscientização das pessoas frente às questões ambientais de nosso mundo.
Sobre a Mostra Internacional declarou a presidente da Cooperativa de Catadores de Araraquara Helena Francisco da Silva “é muito importante a idéia contida nesta Mostra Internacional, os filmes da mostra conseguem nos apresentar uma reflexão sobre a atual questão do lixo, principalmente sobre a questão da transformação através do uso do lixo, acreditamos que é possível realizarmos grandes mudanças”.
O secretário municipal Genê Catanozi (Meio Ambiente) afirmou durante o evento “esta atividade vem marcar os dois anos de atuação e existência da secretaria de Meio Ambiente em nossa cidade, estes filmes vem nos mostrar a importância de mudarmos as forma como as coisas estão, revelando que à medida que modificamos nossas ações podemos determinar mudanças no mundo como um todo”.
Em discurso o Gerente do Sesc (unidade Araraquara) Paulo Casale destacou a importância do trabalho da Cooperativa Acácia para o município de Araraquara “convido a todos a realizarem uma visita a Acácia, para que reflitam um pouco mais sobre o quanto é grande a quantidade de resíduos que produzimos, a Acácia presta um trabalho imprescindível e extraordinário, e vem demonstrando como pequenas ações podem mudar o mundo”
Na abertura do evento foi exibido o documentário “Uma Verdade Inconveniente”, de Davis Guggenheim, na terça-feira (21) o documentário “Lixo Extraordinário”, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley Dur, na quarta-feira (22) “Estamira”, de Marcos Prado, quinta-feira “Césio 137 – O Brilho da Morte”, de Luis Eduardo Jorge, além da exibição ao longo da semana da obra “A Casa Verde”, de Paulo Nascimento.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Política morna e consenso estratégico


01. Sustentabilidade

Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Araraquara, realizada nesta terça-feira (20) foi aprovado o projeto que cria a Semana de Ciclismo, de autoria do vereador Fernando Cesar Câmara,o Galo, (PV) que declarou sobre o tema “recebemos muitas manifestações de ciclistas e moradores parabenizando e apoiando o projeto”. O projeto inclui no calendário Oficial de Eventos do município a Semana Municipal do Ciclismo, que deverá ser comemorada em semana do mês de agosto coincidente com o aniversário da cidade.
A medida deve ter papel fundamental na elaboração de estratégias de melhoramento na circulação de ciclistas na cidade, atuando sobre um tema cada vez mais problemático para Araraquara que é o trânsito. Trânsito este, que só vê aumentar no último período o crescimento na circulação de veículos, em detrimento das modalidades de transporte alternativo.

02 – Política morna e consenso estratégico

Araraquara vive um momento de pouca ousadia na política, onde as aceleradas alianças partidárias visando as disputas das eleições municipais de 2012 correm o risco  de acabar sendo finalizadas sem muitas alternativas para o eleitorado.
A primeira força política em ação hoje é o campo peemedebista que conta com a presidência da Câmara Municipal através do vereador Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) e a chefia do Poder Executivo com o atual prefeito Marcelo Barbieri (PMDB). O PMDB deve cumprir o papel de articular a base governista em vistas da reeleição de Barbieri nas próximas eleições municipais.  A segunda força é composta pelos partidos da base governista, que cada um a seu modo vem buscando se diferenciar no cenário e negociar espaços.
A terceira força política tem como principal partido o PT, que conta com três parlamentares no Legislativo, sendo o responsável pela atual oposição ao governo e a gestão do município no período de 2000 a 2008.
Mas, apesar do conhecimento de que nos bastidores estas forças vem disputando espaço a cada palmo, no debate público todos mantém um discurso pouco capaz de realmente trazer algo de novo para o eleitor.  Tende assim a prevalecer a disputa por cargos e benefícios, do que realmente por projetos. A excelência do debate público é esta, o convencimento por idéias e projetos, mas, ao contrário disto vem prevalecendo um consenso estratégico.
 Nenhumas das figuras parlamentares como o deputado federal Dimas Ramalho (PPS), e os deputados estaduais Roberto Massafera (PSDB) e Edinho Silva (PT) estão ainda declarando de forma explicita suas posições políticas. Neste contexto perde a cidade, pois, caminha sem a formulação de propostas inovadoras que tenham como estímulo a instituição de políticas que possam transformar a realidade de áreas críticas vividas pelo município.
Para entendermos este cenário basta lembrarmos que o atual prefeito Marcelo Barbieri se elegeu com o discurso de manter o que havia sendo construído no governo anterior. E hoje, o que se vê é a base governista criticando o que foi feito no governo petista, apesar de não conseguir criar marcas próprias que colocassem a cidade em um novo momento político que afastasse as lembranças do anterior. Por outro lado, a oposição se esforça em manter o patrimônio de políticas públicas implementadas quanto esteve a frente do Executivo, mas sem conseguir emplacar novas propostas.
Neste cenário de rivalidades entre PT e PMDB os partidos como PV, PRB, PR e DEM ganham espaço para construir uma nova identidade política. O PT hoje não consegue explicar sua identidade política sem criticar o atual governo e o PMDB sem conseguir criticar o governo passado.
Assim, neste contexto onde PT e PMDB criaram um ciclo de dependência mútua e os deputados da cidade ainda não iniciaram um processo de divisão ideológica, tende-se a criar um cenário de baixa elaboração política. Araraquara tem hoje um grande vazio a ser ocupado, e partidos considerados menores tendem a dar o tom da nova disputa. Araraquara necessita de elaborações políticas mais ousadas e que de fato escapem da atual ladainha, onde não conseguem dar um passo sem criticar outro partido.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Faca Amolada


01. O 13 deu azar

Em discurso ontem (06) no plenário da Câmara Municipal o ex-petista e líder de governo João Farias (PRB) criticou o fato de parlamentares apresentarem projetos que denominam nomes de rua ou que prevêem incluir matérias nos anais da Câmara de Araraquara. Farias declarou que os vereadores acabam perdendo tempo com estes projetos ao invés de debater questões de maior relevância para a cidade, segundo a concepção do vereador.
Rapidamente em plenário se instaurou mal estar para com o colega de trabalho também da base governista Elias Chediek (PMDB) que praticamente em todas as sessões apresenta projetos incluindo material da imprensa nos anais do legislativo.
O fato é que item em votação ontem na sessão legislativa apresentada pelo próprio João Farias denominava a Rua “13”, do loteamento Jardim Acácias, com o nome de Avenida Oswaldo Celli.

02. Crise no governo

A atual gestão do Executivo vem colecionando denúncias, acusação de suposto superfaturamento do processo de compra de lousas digitais para a rede de educação, irregularidades na contratação na área da saúde da Oscip Instituto Acqua, irregularidades nos contratos da Fundação de Arte e Cultura de Araraquara (Fundart) e agora vem sendo acusada de sonegação pelo Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região).

Ontem (06) na sessão legislativa da Câmara Municipal ocorreu intenso debate sobre o recolhimento de INSS da Prefeitura de Araraquara. Utilizaram o espaço da Tribuna Popular do legislativo o presidente do Sismar Valdir Teodoro Filho e o secretário municipal Roberto Pereira (Fazenda). A polêmica surgiu após denúncias de irregularidades na cobrança de impostos referentes à previdência social dos funcionários públicos do município.

03. Entenderam?

O debate em torno do recolhimento de INSS dos servidores públicos foi coberto de muitos jargões técnicos e burocráticos que impediram de certa forma que o público pudesse de fato ter acesso ao real debate que se colocava naquele momento. Na tentativa de abordar o assunto o atual secretário municipal Roberto Pereira (Fazenda) também não conseguiu explicar detalhadamente o que de fato vem acontecendo. Ao concluir seu discurso na sessão lançou esta frase por demais ambígua “O INSS reconhece parte do processo que a Prefeitura realizou, apesar de não ter autorizado. Mas, homologou tudo o que fizemos”.


04. Frases da sessão

- “Quem fala muito, dá bom dia a cavalo” – do vereador Lucas Grecco (PMDB) sobre frase de seu pai enquanto transcorriam debates na sessão legislativa
- “Agora estamos com quase dois vereadores do PSDB na Câmara”, presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) sobre fato do parlamentar Lapena (sem partido) já estar de malas prontas para o PSDB.

Publicado no Jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso
  

Grito do Excluído debate hoje meio ambiente


Hoje (07), às 8h30 da manhã, terá inicio o evento “Grito dos Excluídos” com concentração inicial na Prefeitura Municipal partindo em percurso até a Igreja Santa Cruz onde deve ocorrer Ato Ecumênico. O evento promete mobilizar os movimentos sociais da cidade de Araraquara envolvidos na luta pela superação das condições de exclusão.
Segundo o diácono Ulisses Abruzio, um dos organizadores da atividade, o evento é um braço da Pastoral do Mundo da Política que permite um diálogo direto com a população. Abruzio é diacono, professor do Instituto de Filosofia São Tomás de Aquino e integrante da Pastoral do Mundo da Política.
O evento será aberto a toda a população e tem por objetivo debater questões relacionadas ao meio ambiente. Segundo Abruzio o evento já histórico que ocorre no Brasil inteiro deve contribuir para alertar todas as pessoas sobre as situações de miséria da natureza e do homem. “O debate sobre a dignidade da natureza está vinculado à idéia de dignidade do homem, são debates que devem caminhar juntos”, complementa Abruzio.
Depois da realização do Grito dos Excluídos a Pastoral do Mundo da Política pretende desenvolver atividades de formação política para jovens em toda a micro-região de Araraquara. “Temos a intenção de disseminar a idéia de uma fé engajada, que represente a escolha preferencial pelos mais empobrecidos” explica o diácono.
O evento é aberto a todas as formas de expressão religiosa, tendo enquanto foco mobilizar movimentos sociais do município. O “Grito dos Excluídos” já foi realizado em Araraquara nos últimos anos e está vinculado a idéia de um engajamento das formas de doutrinas religiosas com movimentos sociais.

  
Publicado no Jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Temos a intenção de ocupar o cargo de vice-prefeito


01. “Temos a intenção de ocupar o cargo de vice-prefeito”

Em entrevista Paulo Maranata (PR) declarou que seu partido tem o interesse de ocupar o cargo de vice-prefeito na chapa do atual prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) nas próximas eleições de 2012. Por outro lado, Maranata afirmou ainda que apoiaria outro partido pequeno que ocupasse o cargo. A declaração do PR, vem somar a intenção já declarada do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e do Democratas (DEM).

02. Sem mais rodeios

Após, uma hora foi aprovado ontem (30) na Sessão Legislativa da Câmara Municipal de Araraquara o projeto da Prefeitura Municipal que prevê a proibição total de realização de rodeios, touradas, vaquejadas na cidade. O projeto retoma discussão que teve ápice em abril de 2010, graças a atuação intensiva da Associação Araraquarense de Proteção aos Animais (AAPA). Em entrevista a presidente da AAPA Adriana declarou estar satisfeita com o resultado, “agradeço a todos que contribuíram com este projeto, aos vereadores e nossos parceiros, tenho certeza de que os animais ganham com esta decisão”.

03.  Mais peemedebista que os peemedebistas

Em entrevista o vereador e atual secretário de Agricultura Ronaldo Napeloso (DEM) declarou “não decidi se vou voltar a Câmara Municipal neste momento, ainda temos projetos a terminar como, por exemplo, o “Bom Prato” que tem previsão de instalação até o início do próximo ano. Sei que o PMDB ainda não decidiu se irá  ou não coligar nas proporcionais na próxima eleição, já fui mais peemedebista, do que algumas pessoas do próprio PMDB, sempre fui leal ao prefeito”.

04. Articuladores do futuro

Com a possível decisão do PMDB de não realizar coligações em nível proporcional o cenário para a atuação dos partidos na eleição municipal de 2012 ficou modificado. Um dos defensores principais da tese de corrida isolada do PMDB é o presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB). Do outro lado o líder de governo João Farias (PRB) vem realizando vôo solo em busca de coligar os partidos da base do governo. Neste contexto restam ainda dois articuladores políticos importantes que buscam definir o cenário eleitoral de 2012, Ronaldo Napeloso (DEM) e Paulo Maranata (PR).
  
  05.  Frases da Sessão

 ”Quanto mais a gente conhece os animais, mais gostamos deles, vamos dizer assim para não ofender os homens” Tenente Santana (PSDB), em meio ao debate sobre projeto que proíbe os rodeios.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Araraquara 194 anos: o desafio da sustentabilidade


Dada a comemoração dos 194 anos de Araraquara este passa a ser um momento oportuno de reflexão sobre as principais características que compõem nossa cidade. Araraquara como em outros tempos continua arborizada, com alta concentração de renda e protagonismo do setor de serviços na economia. Mas, também vive com problemas no trânsito pelo alto número de carros, desafios na relação o meio ambiente por conta do aumento populacional e eleitorado com baixo nível educacional.
Segundo dados da secretaria municipal de Meio Ambiente a cidade passou de 34m2 para 64m2 de arborização por habitante no último período. O previsto pela ONU para os municípios é de 12m2 por habitante. Na economia dados do Índice de Potencial de Consumo (IPC) revelou que no período de 2001 a 2011 a faixa social denominada Classe A (média salarial de R$ 9,1 mil até R$ 13,1 mil) teve crescimento de 40% e no mesmo período a Classe B (média salarial de R$ 2,7 mil até R$ 4,9 mil) cresceu 95%.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao analisar o Produto Interno Bruto (PIB) de Araraquara demonstra que do total de riqueza gerada a agropecuária tem participação com 1.6%, à indústria 26,1% e o setor de serviços lidera com 72,3%. O IBGE realizou pesquisa dos dados junto ao Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional e Registros Administrativos referentes a 2008.
Quando analisamos o setor de transporte podemos identificar que outra característica histórica da cidade permanece viva, a da hegemonia do transporte por carro.  Ainda, segundo o IBGE, a média de automóveis em Araraquara é 1,71 habitante por veículo, possuindo hoje 122.369 mil automóveis.

População

A população araraquarense é de maioria branca, jovem e urbana. Segundo o último censo de 2010, doa atuais 208.662 habitantes, 148.766 mil se declararam brancas, 45.155 pardos e 12.667 pretos, segundo nomenclatura do IBGE. Os que residem em locais urbanos somam 202.730 mil e os de local rural 5.932. Na questão de gênero a população de Araraquara se divide entre 100.655 homens e 108.007 mulheres.
Já dentro da pirâmide por faixa etária temos que as duas maiores quantidades de habitantes por idade ficam entre 20 a 24 e 25 a 29 anos, tanto em homens quanto mulheres.
Araraquara vive ainda um momento de expansão de sua população onde em 1970 detinha 100.438 habitantes, em 1991 tinha 166.731 e chega atualmente aos 208.668 numa faixa crescente há quase meio século.

Política

No último período um dos principais trunfos obtidos pela cidade foi a pontuação no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal em sua edição de 2010, referente à base de dados do ano de 2007, em que coloca Araraquara em primeiro lugar dentre todas as cidade do País. Araraquara recebeu a pontuação de 0,9349 em uma avaliação que considera dados de emprego e renda, educação e saúde. Na mesma pesquisa Ribeirão Preto está situado em 30° lugar no ranking nacional, Franca em 269° e São Carlos 36°.
Nas últimas eleições o voto popular demonstra a profunda bipolarização em torno dos partidos PT e PSDB. Observando o resultado das eleições presidenciais de 2002 no município temos que no segundo turno o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 56.668 votos e José Serra (PSDB) 44.021, em 2006 Lula (PT) obteve no segundo turno 47.135 e Geraldo Alckmin (PSDB) 62.287, por fim, em 2010 Dilma Roussef (PT) também no segundo turno obteve 51.042 votos e José Serra (PSDB) 61.108. Assim, apesar do PSDB vencer em votos válidos no segundo turno dos anos de 2006 e 2010, a disputa se mantém em números aproximados entre os partidos.
Já no campo legislativo uma breve análise demonstra que para a disputa por cargos de vereadores os partidos em Araraquara se dividem da seguinte forma. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o PMDB recebeu o maior número de votos nominais com 18.580, em segundo o PT com 12.377, em seguida o PSDB com 11.320, o PP com 10.932 e o PV com 6.778 votos nominais nas eleições de 2008.


Eleitorado de Araraquara

 Araraquara conta atualmente com 151.279 eleitores, se considerarmos a questão de escolaridade temos que nossa cidade apresenta 3.501 eleitores analfabetos. Sendo que de todo o eleitorado, somente 11.077 tem o ensino superior completo. 
Dentre os eleitores com ensino superior completo as mulheres são maioria com 53, 85 % do total. Entre os analfabetos as mulheres representam 61, 097 % do total.
Já o número dos que não tem o ensino fundamental completo, representam 34, 98% do eleitorado. Sendo que, somente 23,18% chegou a concluir o ensino médio.
No último período a Câmara Municipal de Araraquara tomou decisão difícil que altera o número de cadeiras no legislativo. Onde em primeira decisão votada em plenário alterou-se o número dos atuais 13 vereadores para 21, e em segunda neste ano para 18. Como se demonstra nos gráficos abaixo o número de eleitores vem cada vez aumentando ao passo que o número de parlamentares diminui. Neste último período a Câmara poderia decidir entre 13 como mínimo ou 21 enquanto máximo de parlamentares.
Estes são alguns dos desafios que os cidadãos de Araraquara devem enfrentar para conseguir realizar um crescimento sustentável e com qualidade de vida.

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Rumo à privatização do DAAE e da CTA


01. Rumo à privatização do DAAE e da CTA


Pelo que se comenta nas ruas um dos principais pontos fracos do atual governo são as autarquias Companhia Tróleibus Araraquara (CTA) e o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (DAAE). No transporte público as reclamações são variadas e abrangem atraso de ônibus, superlotação de passageiros e péssimas condições dos veículos. De fato a Prefeitura após três anos de gestão não conseguiu emplacar a criação dos mini-terminais, o projeto previa descentralizar o transporte coletivo e dinamizar a circulação dos veículos.
Já o DAAE foi alvo de críticas não somente da população, mas também do líder de governo na Câmara Municipal João Farias (PRB). Na sessão da semana passada o parlamentar chamou em público a atenção do superintendente do DAAE o engenheiro Guilherme Ferreira Soares sobre demora no atendimento a pedidos da população. Farias afirmou ainda que certas pessoas do próprio governo parecem jogar contra o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
Para piorar a situação, ontem (16) a Cooperativa de Catadores de Araraquara (Acácia) perdeu grande quantidade do material reciclado colhido na cidade. A Acacia tem contrato com o DAAE, pois o departamento é responsável pelo trato dos resíduos sólidos no município. A cooperativa por sua vez afirma esperar conserto de máquina quebrada há um mês, tendo assim de armazenar quantidades altas de material colhido, o trágico é que ontem incêndio atingiu boa parte do estoque.
É problemático quando setores essenciais à vida dos cidadãos se encontram em dificuldades, cenários como estes acabam contribuindo para aumentar o coro daqueles que desacreditam da gestão pública. Em pouco tempo as possibilidades podem acabar sendo mesmo a privatização das duas instituições.

02. Máquina (Mágica) Pública

Ontem (16) na sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara dois projetos estiveram em debate, o primeiro que prevê proibir que se ouça música ou similar através de aparelhos de som nos transportes coletivos da cidade e o segundo que proíbe  veículos de emitirem sons com volume igual ou superior a 50 decibéis. O primeiro projeto é de autoria do vereador Carlos Nascimento (PT) e o segundo de Elias Chediek (PMDB).
Os dois projetos entram na fileira de outros já apresentados, como o do vereador Serginho Gonçalves (PMDB) que prevê regulamentar veículos que circulam emitindo propaganda sonora no centro da cidade, o projeto do vereador João Farias (PRB) sobre tempo máximo de espera em filas de supermercado e de Nascimento (PT) sobre filas em banco.
Enfim, os exemplos são variados, de iniciativas que buscam aumentar a fiscalização sobre diversos setores que compõem o cotidiano do cidadão. Mas, fica uma dúvida, será que os abusos existem por que a Prefeitura não tem fiscais suficientes ou será que devemos criar leis para situações cada vez mais específicas da vida do cidadão?
Tenho certeza que a maioria das pessoas deve ter clareza de que o número de fiscais disponíveis pelo poder público para fiscalizar cada uma destas situações previstas em lei não é suficiente. Muito provavelmente os parlamentares da cidade também saibam que o número não esta a altura do necessário.
Mas, quem sabe talvez todos esperem que o setor de fiscalização da Prefeitura seja tal como o futebol, uma caixinha de surpresas.

03. PMDB e só

Crescem os rumores nos bastidores de que o PMDB vem construindo proposta interna que prevê não realizar coligações proporcionais nas eleições de 2012.  Sobre o tema foi entrevistado o presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) que declarou “estamos construindo proposta interna para fortalecer o PMDB, não iremos nos coligar na proporcional com partidos grandes e iremos estudar ainda se iremos fazer coligações com partidos menores, sabemos que o PMDB será o pilar de sustentação do projeto do prefeito nas próximas eleições”.
Assim, aumentam as tensões em partidos menores, que diante do cenário estão se fundindo ao PMDB ou buscando outros partidos que possam ser aliados na disputa das próximas eleições.  

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Alterações

Caros Leitores,


Infelizmente não pudemos realizar hoje a matéria sobre a Fundart, pois estamos agendando conversa com o Ministério Público sobre informações do processo de investigação da Fundação de Arte e Cultura de Araraquara (Fundart). Com as informações enviaremos maiores informações.

Abaixo segue a coluna Faca Amolada sobre a sessão legislativa desta terça-feira (09 de agosto de 2011)

Muito Obrigado a todos (as) que acompanham nosso trabalho

Orgulho de Araraquara


01. Orgulho de Araraquara

Ontem (09) na sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara realizou discurso a Tribuna Popular o bailarino araraquarense José Paulo dos Santos onde comentou sobre sua trajetória artística internacional. Paulo já se apresentou em países da América Latina e Europa, sendo que atualmente estuda na cidade de Bruxelas, na Bélgica. O bailarino iniciou a carreira nas oficinas culturais do Vale do Sol na cidade de Araraquara.

02. O valor do vice

O clima na Câmara Municipal estava carregado pelo peso político do rompimento do então secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-prefeito Valter Merlos (DEM) e o prefeito de Araraquara Marcelo Barbieri (PMDB).
Sobre o tema comentou o vereador licenciado e atual secretário de Serviços Públicos Paulo Maranata (PR) “eu acho que o Marcelo vai trazer o vice-prefeito para a base de volta, no quadro para 2012 a tendência é aglutinar, isto é um vento que vai passar”. Em entrevista o presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) declarou “tenho grande afinidade política com o Valter, mas é o prefeito que deve construir os rumos, é evidente que o Valter não estará com ele, isso enfraquece sim, porque ele é uma pessoa com postura, com liderança”.

03. Torre de Babel

Com o afastamento de Valter Merlos do grupo político do atual prefeito a tendência é que o campo de partidos da base governista busquem se aproximar para substituir o papel que hoje o DEM cumpre no atual governo. No último período o que se pôde assistir foi uma rápida ação dos governistas em compor alianças para 2012, o próprio prefeito Marcelo Barbieri se fez presente em eventos declarando a conclusão de tais acordos. O resultado imediato é que de fato o PMDB, partido do prefeito, atraiu várias lideranças de outras siglas partidárias, compondo um arco amplo de alianças para as eleições de 2012.
O único problema é que estamos ainda há 1 ano das eleições e alguns desgastes vão surgindo, sendo que o primeiro veio a estourar no núcleo do governo, no cargo de vice. Uma das maiores dificuldades do PMDB será o de conciliar interesses de aliados até que cheguem as eleições.

04. Política não morde

A política segue sendo um ofício quase que maldito, criticada, questionada e dada a poucos créditos pela maioria. Dificilmente pode se encontrar alguém que esteja disposto a defender algum projeto, ou político, sem estar sendo remunerado para tal. O curioso é que o fato se reproduz também entre os próprios políticos, é de se espantar que alguns parlamentares, por exemplo, destaquem como positivo o fato de terem diminuído o número de vereadores na Câmara.
É no mínimo fantasioso acreditar que menor número de vereadores signifique maior quantidade de honestidade, se assim o fosse poderíamos criar o Índice de Honestidade por Número de Vereadores (IHNV). Outro argumento que surgiu na sessão legislativa de ontem (09) foi o que defendia que problemas na administração pública surgem pelo motivo de cargos serem compostos por figuras políticas e não técnicas, acabando assim por politizar a saúde e a educação, por exemplo. Político ou não, o importante é que a pessoa que esteja encaminhada para cumprir determinada tarefa na administração pública tenha os pré-requisitos necessários à função.
Nos dois casos a política é sinônimo de maldade e erro. Na verdade os dois discursos escondem que todos fazem política, técnico ou não, 100 vereadores ou 2 vereadores, todos infalivelmente definirão estratégias, acordos, alianças e rompimentos. Política não morde, como tenta se vender. Mas, sim pode se morrer quando picado, principalmente para os que não a enxergam.

 Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Novidades

Caros leitores, 


01. Hoje a tarde as 15 horas teremos mais uma sessão legislativa da Câmara Municipal de Araraquara, confiram mais tarde os bastidores da política na coluna Faca Amolada.

02. Como é de conhecimento de todos a Prefeitura de Araraquara passa por processo interno de investigação sobre as contas da Fundação de Arte e Cultura de Araraquara (Fundart), o processo deve durar 90 dias.

O anúncio da criação de uma Comissão Especial de Sindicância Administrativa para auditar as contas da Fundart foi realizado no dia 20 de julho de 2011.

A comissão será composta por Antônio Sérgio Lemelle Correa, coordenador executivo de Planejamento, Administração Orçamentária, Contábil e Financeira; Antonio Lorenzetti, coordenador executivo de Planejamento e Gestão Governamental; Jeriel Biasioli, chefe da Procuradoria Geral do Município; e, Luciana Fernandes Brasetto, Técnica em Serviços Públicos.
Vamos abordar o tema em reportagem para hoje, acompanhem.

Secretário de Meio Ambiente destaca ações na cidade


Araraquara já é referência na recuperação de mananciais, segundo dados a cidade soma hoje vinte e dois entre rios e córregos. Deste total 12 nascentes já foram recuperadas, onde atualmente segue em andamento a revitalização do Ribeirão das Cruzes que conta com 35 km de extensão. A instituição responsável por estes projetos é a secretaria municipal de Meio Ambiente que no próximo dia 25 cumpre dois anos de existência.
Em entrevista com o atual secretário Genê Catanozi (Meio Ambiente) podemos conhecer melhor o funcionamento deste importante órgão público que tem como principal função cuidar do patrimônio de riquezas naturais de Araraquara. Genê Catanozi é natural da cidade de São Paulo e tem pós-graduação em gestão de qualidade.
O secretario destacou que o maior desafio da sua pasta continua sendo a necessidade de maior conhecimento da população sobre os limites do meio ambiente a serem respeitados.
Para o enfrentamento da questão da conscientização projeto foi criado em 2009 pela secretaria que visa a educação ambiental para crianças da rede municipal de ensino e ampliada em 2010 para escolas estaduais e particulares.
Sobre os projetos da secretaria Catanozi afirma “todas as ações que cumprimos estão baseadas em prerrogativas previstas pelo Ministério Público, Cetesb e a Gerência de Reflorestamento”.
A secretaria que foi criada em 2009, já foi ganhadora de dois prêmios do Selo VERDE AZUL em 2009 com pontuação de 88,12 e do ano de 2010 com 89,87 pontos. Outro título da secretaria foi o prêmio Franco Montoro pela Bacia Tietê-jacaré conquistando a maior pontuação em um total de 34 municípios da bacia hidrográfica.
Considerando ainda, que o programa de reflorestamento já foi responsável pelo plantio de 118.912 árvores nativas em mananciais desde 2009 até janeiro de 2011. No próximo dia 25 de agosto a secretaria de Meio Ambiente cumpre dois anos de trabalho em uma cidade que apresentou no período um crescimento de 34m2 para 64m2 de arborização por habitante, superando os 12m2 previstos pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Conselho de Cultura toma posse em período de investigações


Ocorreu nesta sexta-feira (05), às 17h, no 6ª andar da Prefeitura de Araraquara a cerimônia de posse do Conselho Municipal de Cultura. Ao todo foram 48 integrantes empossados entre representantes da sociedade civil, terceiro setor e governo municipal. O conselho é um importante instrumento para a sociedade civil fiscalizar e propor políticas públicas na área cultural. Simultaneamente no último período foi aberto processo de investigação, com duração de 90 dias, por parte da própria Prefeitura de Araraquara sobre as contas da Fundação de Arte e Cultura de Araraquara (Fundart).
Estiveram presentes no evento o prefeito de Araraquara Marcelo Barbieri (PMDB), os vereadores Lucas Grecco (PMDB) e Elias Chediek (PMDB), os secretários municipais Delorges Mano
(Administração) e  Euzânia Andrade (Cultura) e lideranças culturais da cidade.
Em discurso na posse do conselho o Prefeito Marcelo Barbieri declarou “precisamos fortalecer a cultura, ampliar seu espaço através de empreendimentos como o Proac e a Lei Rouanet, tenho certeza de que o Conselho de Cultura irá contribuir na elaboração deste crescimento, a cultura é um instrumento fundamental de inclusão social”
O evento obteve presença massiva de lideranças culturais da cidade, sendo que no último período o setor se mobilizou por motivo de denúncia no Ministério Público que aponta supostas irregularidades na execução orçamentária da Fundart e pela suspensão da realização do festival de música Araraquara Rock. O festival teve data remarcada pela Prefeitura de Araraquara.
Em entrevista a secretária de Cultura Euzânia Andrade destacou a importância da posse “nosso próximo passo é finalizarmos o Plano Municipal de Cultura, para assim podermos estar inseridos no Sistema Nacional de Cultura (SNC) e o conselho terá papel fundamental neste processo”.


Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Coluna de Bastidores da política


01. Harmonia

A sessão legislativa de ontem (02) ocorreu em superficial harmonia, tanto oposição quanto situação trocaram elogios e executaram uma forçada tranquilidade. Tudo foi reflexo das rupturas recentes provocadas no interior da base governista, onde o primeiro sintoma é a saída do secretário de Desenvolvimento Econômico Valter Merlos (DEM) do cargo. Merlos é também vice-prefeito de Marcelo Barbieri (PMDB). Assim, com a saída de Merlos do corpo de secretários, Napeloso ganha fôlego dentro do DEM e deve buscar implementar sua estratégia para as eleições de 2012, e este é o fato que deixou a classe política apreensiva.

02. PT E PMDB

            O líder de governo João Farias (PRB) ontem (02) em entrevista já colocou seu partido a disposição para o cargo de vice-prefeito e declara o espírito de negociação que já domina a política da cidade. O cenário agora fica mais incerto do que nunca, pois a oposição encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores intensificou a crítica ao governo no último período se isolando do cenário político, mas agora adota tom ameno nas intervenções e vem contando com o apoio do deputado estadual e ex-prefeito Edinho Silva para atrair novamente setores parceiros de seu projeto para compor alianças para as eleições de 2012. O primeiro passo deste processo foi dado pelo próprio Edinho onde na semana passada concedeu entrevista aos jornais da cidade dando como certa candidatura petista ao governo municipal, espantado de vez as possibilidade de aliança com Barbieri na cidade. A aliança PT e PMDB será realizada em todo o Estado de São Paulo através de articulação encabeçada pelo atual presidente estadual do PT de SP Edinho Silva.

03. Peso da política

            Já o PMDB a frente da gestão municipal colhe os inevitáveis desgastes de ser governo, fora os incontáveis atritos que brotaram na base do governo na Câmara Municipal. O PMDB tenta agora conciliar interesses e distribuir poderes de forma a não perder nenhum de seus parceiros políticos. Mas, o peso nesta balança são de dois partidos neste momento: O PV e o PRB. João Farias a frente do PRB ganhou poder ao ocupar o cargo de liderança de governo e vai cobrar pela atual desgastante tarefa de gerar consenso na base de governo na Câmara. Já o PV conta com Edna Martins e o vereador Fernando Cesar Câmara, o Galo, onde a sigla dos verdes acumulou força nas eleições de 2008 para a Prefeitura e 2010 para a Câmara Federal. Por detrás da harmonia da Câmara foi acendido o fósforo das eleições na Prefeitura de Araraquara.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

Movimento de Valter Merlos esquenta negociações para 2012



O vice –prefeito Valter Merlos e então secretário de Desenvolvimento Econômico segundo informações esta deixando a pasta. Em entrevista o vereador e atual secretário da Agricultura Ronaldo Napeloso (DEM) declarou que Merlos sairá do cargo para executar tarefas próximo ao prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) na condição de vice-prefeito. Procurado ontem (02) pela reportagem para entrevista, fomos informados através da assessoria de Valter Merlos que o secretário não se encontrava na cidade, não havendo mais informações até o término desta matéria.
Napeloso declarou ainda que conta com a sensibilidade do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) para com as alianças de trabalho executadas na campanha eleitoral de 2008 entre o DEM e o campo político do prefeito, “defendemos que a vaga da secretaria de Desenvolvimento Econômico deve ser ocupada por um membro do DEM”. Napeloso afirma que o nome indicado para a pasta em questão seria do ex-vereador José Roberto Cardozo.
O assunto parece até o momento não resolvido e atingi de forma central as construções políticas para as eleições municipais de 2012. Entrevistado sobre o tema o líder de governo
João Farias (PRB) declarou que todas as negociações ainda estão em aberto. Segundo Farias a indicação de Cardozo ao cargo ainda não está fechada e que Merlos cumpri papel importante ao governo municipal através da secretaria.
Sobre a ocupação do DEM em relação a vaga de vice-prefeito, Farias declarou “o DEM detém a cadeira de vice-prefeito pelas eleições de 2008, mas não de 2012, esta construção deverá ser debatida entre os partidos da base, inclusive o PRB é candidato para o cargo”.
Nos bastidores se apontava ainda a possibilidade de Merlos deixar o DEM e ocupar o PSDB, questionado sobre o tema o vereador Tenente Santana (PSDB) declarou não ter conhecimento sobre o assunto.

Publicado no jornal Folha da Cidade – Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

sábado, 23 de julho de 2011

Oficina realiza curta-metragem sobre Sartre e Pelé em Araraquara



A realização de oficina de curta-metragem na unidade do Sesc Araraquara, neste mês de julho, teve como produto um filme que aborda a vinda do filósofo Jean-Paul Sartre e do esportista Pelé (Edson Arantes do Nascimento) para a cidade de Araraquara no dia 04 de setembro de 1960. A oficina foi ministrada a convite do Sesc por integrantes do Instituto Kinoarte, Oscip fundada em 2003 que desenvolve trabalho em cinema, localizada na cidade de Londrina.
O curta-metragem foi gravado em instalações pela cidade de Araraquara e agora segue na fase final de edição, o objetivo é que a obra possa estar disponível no mês de agosto, data comemorativa de aniversário da cidade. O filme desenvolve um suposto encontro entre Sartre e Pelé na época.
A oficina contou com a participação de alunos de Araraquara e região e pretende com o curta-metragem resgatar uma data histórica para a cidade e o país. Neste dia Jean-Paul Sartre proferiu palestra na então Faculdade de Filosofia, atual Casa da Cultura, na sala que posteriormente seria nomeada com o nome do filósofo. Já Pelé enfrentava a Ferroviária, e veria naquela data o Santos perder de 4 a 0 da Ferrinha.
O dois acontecimentos, o jogo e a palestra, geraram uma lenda na cidade de um suposto encontro entre as duas figuras históricas naquele dia, o mito de certa forma foi alimentando através da narrativa ficcional do escritor araraquarense Ignácio de Loyola Brandão ao representar o encontro em sua obra literária. Quem explica o caso é um dos entrevistados no curta-metragem o Prof. Dr. Luiz Antônio Amaral da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara/Unesp.
Em breve deverão surgir novas informações sobre o lançamento da obra, onde na data a cidade deverá ser convidada a rememorar um pouco de sua história através da arte do cinema.


Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso