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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Prefeito decide hoje o futuro do Cine Coral


Movimento a favor da revitalização de cinema histórico aguarda apreensivo pela decisão 


No dia 22 de março foi aprovado no plenário da Câmara Municipal de Araraquara projeto de lei que prevê o tombamento da fachada do prédio que abrigou o Cine Coral da cidade, localizado na Avenida Sete de Setembro. O projeto é de autoria do vereador Carlos Nascimento (PT) e tem 15 dias úteis para ser vetado ou sancionado pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), segundo a Câmara, hoje (14) é o último dia para que o prefeito declare sua decisão sobre o projeto. Procurada, a Prefeitura afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que somente irá se pronunciar amanhã [hoje] sobre a questão.
O movimento “Salvemos o Cine Coral” é composto por lideranças culturais de Araraquara como o sociólogo e poeta Pedro Renzi e o livreiro Marcos Murad, que defendem a retomada das atividades do antigo prédio em que funcionou o Cine Coral em Araraquara.  
O projeto já aprovado pela Câmara prevê em seu texto que “fica tombada, por seu valor cultural histórico e arquitetônico, a fachada externa da edificação referente ao imóvel,...antigo Cine Coral”. Assim, na prática o veto ou sanção da Prefeitura hoje (14), decidi se o Poder Público irá intervir na proposta de revitalizar o prédio do antigo Cine Coral.
Segundo, o diretor legislativo da Câmara Marcelo Cavalcanti o projeto de lei número 048/11 foi aprovado na Câmara no dia 22 de março e recebido no dia 24 de março pela Prefeitura de Araraquara. “Depois de aprovado na Câmara o projeto tem o período de 15 dias úteis para ser sancionado [aprovado], vetado [recusado] ou silenciado” [neste caso a aprovação do projeto se dá por sanção tácita, e é publicada pelo legislativo], afirmou o diretor legislativo. Cavalcanti afirma que hoje é o prazo limite para que a prefeitura se pronuncie sobre o projeto de lei e que até o final da tarde de ontem ainda não havia recebido nenhuma comunicação da Prefeitura sobre o assunto.

Poder Legislativo

Sobre o assunto o vereador Carlos Nascimento (PT) afirmou em entrevista que “já existe hoje um apelo popular sobre a construção da Escola Livre de Cinema e Vídeo em Araraquara”. Nascimento declara ainda que várias instituições da iniciativa privada  afirmaram que apóiam o projeto e que esperam apenas uma posição da Prefeitura em favor da desapropriação do prédio do Cine Coral, o parlamentar cita como exemplos a CPFL Cultural, Arteplex (Unibanco), Fundação Banco do Brasil, Fundação Mapfre (que já tem parceria firmada com a Prefeitura Municipal para outro projeto na área áudio visual) e do Ministério da Cultura do Governo Federal.
Em entrevista o vereador Lucas Grecco (PMDB) afirmou que apóia o projeto de reforma do prédio do Cine Coral e que votou favoravelmente ao projeto de lei de tombamento da fachada do Cine Coral, “acredito que um espaço cultural na Avenida Sete de Setembro seria ótimo”, afirmou Grecco.
Movimento e população

Integrante do “Salvemos o Cine Coral” Pedro Renzi em entrevista afirmou que o movimento pretende revitalizar o espaço do antigo cinema, que denomina de “gigante adormecido”. Renzi destacou ainda os esforços empreendidos até o momento para articular a retomada das atividades do espaço histórico.
O comerciante Edson Luís Casaut, 51, que trabalha em local próximo ao Cine Coral também apóia o movimento. “Os bairros do Carmo, Quitandinha, São José têm uma vida noturna ativa, mas não contam com nenhum espaço público que ofereça atividades culturais, acredito que a retomada do prédio do Cine Coral iria contribuir para que pessoas tenham acesso ao cinema e valorizaria ainda mais a Avenida Sete de Setembro”, afirmou o comerciante.

Publicado no jornal Folha da Cidade, Araraquara - São Paulo

Luís Michel Françoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que o Prefeito Municipal, por ser um homem sensato e de responsabilidade para com o povo de Araraquara, jamais sancionará um absurdo destes. Primeiro, porque hoje a aprovação de tombamento da fachada e o que querem é a desapropriação, coisas DISTINTAS. Segundo, que centenas de pessoas em Araraquara são contra esta iniciativa elitista, que atende somente meia dúzia de interessados e desocupados de Araraquara, a maioria quer escolas, saúde e moradia, coisas sérias