Dra. Regina Barbieri afirma que Prefeitura irá construir nova UPA e expandir para 50% a cobertura do programa saúde da família; oposição afirma que problema está na rede básica e ataca Oscip; população fica na expectativa
Para quem acompanhou os noticiários desta semana pode perceber o conjunto relevante de acontecimentos envolvendo a saúde de nosso município. A retomada do processo de contratação das Oscips e a perspectiva de construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento no Cear dividem opiniões e gera polêmicas nos bastidores políticos. A população, por sua vez, encontra-se apreensiva em relação aos rumos deste debate tão vital.
No início da semana a Prefeitura declarou a intenção de transferir o atual Pronto Socorro do Melhado para a área do CEAR, numa então nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Dado o impacto da obra, a proposta foi então apresentada aos vereadores na última sessão legislativa (17), pela secretária de Saúde do município Dra. Regina Barbieri e pela secretária de Desenvolvimento Urbano Alessandra Lima.
Na ocasião Dra. Regina Barbieri se comprometeu a expandir para 50% a cobertura de visitas do programa Saúde da Família (como noticiamos na edição de sexta-feira,13), e afirmou que o Pronto Socorro do Melhado não estaria apto a se transformar numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA), pois as plantas, enviadas pelo governo federal, que prescrevem a construção das novas UPA foram recebidas prontas pela Prefeitura do município.
A vereadora Márcia Lia (PT) esteve durante esta semana em Brasília, em reunião com o Ministério da Saúde, para buscar esclarecimentos sobre os investimentos do governo federal em duas UPA´s no município de Araraquara.
E propõe a possibilidade de se de investir no atual Pronto Socorro do Melhado ao invés da construção de uma nova unidade de emergência na Via Expressa, onde afirma “é uma decisão política, e acredito que é possível que se invista na unidade de emergência do Melhado, onde haveria até a possibilidade de transformá-la numa UPA de porte 3. O que significaria um repasse de mais de 250 mil mês, ou três milhões ao ano, ao contrário dos 175 mil que uma unidade da região do Cear de porte 2 alcançaria” (para entender como funcionam as UPA´s , acompanhe no quadro as especificações)
Segundo ainda a vereadora “o Ministério da Saúde implementa hoje 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no Brasil, o Estado de São Paulo obteve 51, deste total Araraquara obteve o recebimento de duas unidades”.
Gestão da Saúde e Oscips
Outro tema recorrente nesta semana foi a retomada da contratação pela Prefeitura do Município de Oscips para a gestão das unidades de Urgência e Emergência.
O processo licitatório que havia sido prorrogado, por motivo de inadequação dos documentos apresentados pelas concorrentes, a saber, Instituto Acqua e Terceira Via. Foi nesta semana reiniciado dado o aceite por parte da Prefeitura dos documentos reapresentados, dando prosseguimento ao processo de análise, agora dos projetos entregues por cada uma.
Sobre o tema, em entrevista na última quinta-feira (19), a secretária de Saúde Dra. Regina Barbieri afirmou que a administração pública necessita, no caso específico de Araraquara, da contratação de uma Oscip por conta do pagamento de salários dos médicos que não podem ultrapassar o teto salarial do prefeito.
Também em entrevista nesta semana, o Vereador Nascimento afirmou que “o problema não á a quantidade de médicos, é um problema de gestão da saúde. Este debate tem que ser feito já, o prefeito insiste na gestão da Oscip que acaba por precarizar a administração da saúde”.
( Jornal Folha da Cidade)
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