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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Idosa procura Pronto Socorro com AVC e não é diagnosticada

Foi recebida nesta semana reclamação de família sobre atendimento insuficiente à idosa oferecido pelo Pronto Socorro do Melhado, de Araraquara. A senhora, acompanhada de seu marido, procurou o Pronto Socorro na manhã desta terça-feira (22), às 11h21, alegando vários sintomas que causaram mal estar no último dia, como esquecimento e dificuldades na alimentação. No local passou por exames e atendimento e foi encaminhada para uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para procurar um geriatra. Em nenhum momento foi realizado o diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. 
Chegando à unidade de saúde a idosa foi informada que somente seria atendida na manhã do próximo dia, na quarta-feira, 23. A família, preocupada com a situação, a encaminhou para uma clínica particular, onde imediatamente foi diagnosticado um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A idosa foi informada que a ocorrência poderia ter reações mais graves, sendo assim foi medicada e oferecidos os demais acompanhamentos previstos. O diagnóstico foi realizado rapidamente, dado que a paciente apresentava indícios visíveis que caracterizam um AVC. A família se diz indignada.
Apurando a informação, foi consultado o Pronto Socorro do Melhado sobre o caso e, em pronunciamento, a gerente do PSM, Angélica Érica de Oliveira, mostrou o prontuário de atendimento onde foram confirmadas todas as informações da família reclamante. A gerente afirmou que o local não conta com a aparelhagem necessária para diagnosticar um AVC, portanto, o paciente é encaminhado para outra unidade a fim de realizar os exames.
Sobre a falta de diagnóstico, Oliveira afirmou que “a paciente, no prontuário, declarou não apresentar nenhum sintoma naquele momento; o atendimento foi correto”.
O acidente vascular cerebral é causado pela obstrução de uma artéria que interrompe o fluxo de sangue, as células da área afetada morrem, podendo causar sequelas ao paciente. Dependendo do local da lesão o paciente pode apresentar paralisias, problemas de fala, de visão, de memória, ou até mesmo chegar a falecer.

DEBATE

A situação do Pronto Socorro do Melhado foi motivo de debate na sessão legislativa desta semana na Câmara Municipal, por motivo da aprovação do aumento do prefeito para R$ 16 mil reais. A justificativa para o aumento foi à necessidade de elevar o salário dos médicos concursados na cidade, dado que o salário dos servidores públicos tem como teto o salário do prefeito.
A líder de bancada do Partido dos Trabalhadores proferiu críticas quando do debate do aumento do subsídio do prefeito, sobre a necessidade de aumento do teto salarial dos servidores públicos como medida para garantir um maior número de médicos na rede de saúde da cidade.  A vereadora questionou o fato de vereadores da base do governo terem defendido o uso da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Instituto Acqua para gerenciar o setor de urgência e emergência da área de saúde da cidade (o que inclui o PS do Melhado) para possibilitar a contratação de médicos com salários acima do subsídio do prefeito.
O líder de governo João Farias (PRB) respondeu aos questionamentos da oposição declarando que “é verdade que a Oscip não está resolvendo o problema da contratação de médicos, pois o promotor do município já afirmou que se a prefeitura contratar médicos acima do salário do prefeito acionará os recursos legais”.  Farias ainda relembrou o caso de denúncia sobre contratação de médicos em situação irregular no Pronto Socorro do Melhado quando da gestão do ex-prefeito Edinho Silva (PT).


Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo


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