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sexta-feira, 18 de março de 2011

Passando a palavra

Este espaço vem abrir a possibilidade da população de Araraquara expressar sua opinião sobre temas importantes, a pergunta a ser respondida é bem simples e direta: Qual o maior problema existente hoje na cidade?

O araraquarense entrevistado foi José Carlos Rodrigues que atua como moto-taxista. Nasceu em São Paulo e veio para Araraquara com 3 anos de idade e desde então reside no município. Para Rodrigues o principal problema hoje é o do trânsito, segundo ele é grande o número de carros que circulam na cidade e alegou problemas na Rua Nove de Julho (02) e Avenida Sete de Setembro, “está difícil na Rua 02, pois não podemos subir após as 16h30” declarou. Rodrigues por outro lado, elogiou o semáforo colocado na rotatória da Via Expressa com a Sete de Setembro, e também aprova o que será colocado na rotatória das Roseiras. Sobre a vida no transito afirma “alguns respeitam as motos, já outros não, mas o importante é que cada um faz a sua correria, faz o seu pão”. Por fim, questionado sobre se a categoria dos moto- taxistas apresenta uma organização em comum, afirmou que não.

02. Subindo no banquinho

Este espaço é uma oportunidade para lideranças políticas da cidade oferecerem respostas sobre temas importantes e polêmicos. O entrevistado foi o vereador Serginho Gonçalves (PMDB), o parlamentar preside a principal comissão permanente da Câmara, a Comissão de Justiça e Redação. Tal fórum é responsável pela análise de todos os projetos que entram no legislativo, e, portanto, versa sobre temas fundamentais para a cidade.


Primeira pergunta:


Em sua opinião, por que o poder corrompe?

O tipo de político que se corrompe, é aquele que para ele nunca está bom. Quando vejo em jornais o que acontece, o cara já tem casa, carros, tem mansão, navio. Eu acho que isso se chama ganância. Tem políticos muito bons, mas têm outros que não. Porque ao entrar na política é para ajudar não é para pegar o dinheiro e se corromper, o político já tem seu salário, ele deve ajudar o povo e fazer leis. Antigamente os vereadores não tinham salários, hoje temos carro, motorista e imprensa. Acho que a corrupção é geral, em todos os lugares, fábricas tem, empresas, por exemplo, que faliram. As pessoas nunca estão contentes, tem pessoas que vem pedir emprego para ganhar um salário mínimo, têm outros que com um emprego ganhando R$ 3 mil estão reclamando, aonde vamos parar com isso?

Segunda pergunta:

Na segunda pergunta devemos considerar que em 2009, no início da gestão do atual prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), foi prometido se amenizar os efeitos da ocorrência de dengue na cidade, logo foi montado mutirão para realizar o objetivo. Não demorou, e no mesmo ano surgiram novos casos de dengue, a partir de então a prefeitura adotou o discurso de que na verdade os ovos do mosquito podem ficar até dois anos intactos e após o aparecimento de condições favoráveis se desenvolver. Assim, de certa forma se afirmava que os mosquitos de 2009 e 2010 eram da gestão petista do ex-prefeito Edinho Silva (PT). Pergunta- se, então:

Agora, no terceiro ano de governo do prefeito Barbieri, o senhor considera que os mosquitos da atual epidemia de dengue são legítimos do PMDB?

Não. Vou explicar. Não tem negócio de dengue de PT e PMDB, isso não existe. Quando a dengue apareceu na administração do PT na cidade, ela apareceu, não sabíamos que vinha isso daí. Nós temos que ir nas casas, mas tem muito lugares, aí temos que ter os funcionários que andam nas ruas, tinha os caminhões recolhendo pneus velhos e móveis, acho que isso daí contribuiria para diminuir a dengue na cidade, não acompanhei , mas acho que não passou no último período. Com a chuva prolifera muito a questão da dengue. A população também tem que ver essa questão, temos que informar o povo. Eu nem sabia desta epidemia de dengue, fiquei sabendo agora nesta semana. Já apresentei indicação a Prefeitura propondo uma alternativa para o combate a dengue em 2010, mas até hoje a minha proposta não foi realizada.

03. Mundo animal

Ocorreu fato inusitado na sessão desta terça-feira (15) durante debate acirrado sobre comparações entre o atual governo de Barbieri (PMDB) e do ex-prefeito Edinho Silva (PT). Num dado momento já acalorado da discussão a líder da oposição Márcia Lia (PT) subiu a tribuna e afirmou que na última fala do líder de governo João Farias (PRB) este parecia um “galo”, em seguida a parlamentar emitiu sons e balançou os braços em menção a um cacarejo. Logo após, Farias afirmou não estar atingido pelas críticas, pois tão pouco consentia que o comportamento da vereadora pudesse ser classificado como de uma “galinha”. Mais curioso ainda, neste fato, é que a intervenção final para amenizar o conflito ficou sob a responsabilidade do Boi [melhor dizendo do atual presidente da Câmara Municipal do PMDB, Aluisio Braz].

04. Salão Vazio

Na sessão desta terça-feira (15) foi aprovado o reajuste de 5% para os servidores do funcionalismo público. O reajuste não se refere ao acordo salarial para este ano, com data fixada para 1º de maio. Soou estranho quando da votação do projeto alguns vereadores como o líder de governo João Farias (PRB) e o próprio presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) terem questionado o fato de não haver em plenário nenhum servidor público para acompanhar a votação do reajuste. Boi e João Farias argumentavam o fato de que o aumento de 5% era cumprimento de acordo do Prefeito para com os servidores.

Mas, se fizermos um pequeno exercício de análise política lembraremos que o reajuste de 5% é fruto de acordo coletivo efetivado após meses de greve, no ano passado, com conflitos sérios entre funcionalismo e Prefeitura. Tão grandes foram as discordâncias que o referido “cumprimento de promessa pelo prefeito” foi fechado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, na presença da autoridade de um juiz e com duração de mais de 4 horas.

Fica fácil entender o porquê da sessão sem a presença do funcionalismo público. Óbvio que o aumento é uma ação positiva, já a analise deixou há desejar.


Publicado no jornal Folha da Cidade, Araraquara - São Paulo

Luís Michel Fançoso

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