Votações da Câmara nunca deixaram de ser 10 para o governo e 3 para a oposição
01. PMDB na cidade se fortalece
Foi nesta semana, no dia 18 de janeiro, numa terça-feira. A Câmara Municipal de Araraquara decidiu a composição das comissões permanentes, governo e oposição ficaram divididos e o partido do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) conquistou a presidência das duas principais comissões do legislativo, a de Justiça e a de Orçamento. Ao todo temos quatro comissões a de Justiça, Legislação e Redação, a de Tributação, Finanças e Orçamento, a de Obras, Serviços, Bens Públicos e Desenvolvimento Econômico e a de Ordem Social, Transportes, Habitação e Meio Ambiente. As comissões são formadas por um presidente e dois membros.
Este cenário significa que a comissão de Justiça e Redação tem como presidente o vereador Serginho Gonçalves (PMDB), e todos os projetos que quiserem ser votados no poder legislativo nos próximos dois anos serão previamente analisados e aprovados pela comissão de Justiça. Já a comissão de Finanças e Orçamento que tem agora como presidente o vereador Elias Chediek (PMDB) terá a missão de nós próximos dois anos analisar todas as contas referentes à gestão do atual prefeito Barbieri. Prefeito este, que vive situação muito tranqüila, pois nenhum vereador da oposição ocupa a comissão.
02. Entenda como a Câmara está dividida
Neste processo de decisão da composição das comissões a Câmara se viu dividida em três tendências políticas, a primeira tendência é articulada pelo vereador Paulo Maranata (PR) com cinco vereadores da base do governo que organizaram a eleição do atual presidente Aluisio Braz, o Boi, (PMDB), a segunda tendência é a da oposição representada pelos três vereadores do PT (Edio Lopes, Carlos Nascimento e Márcia Lia), já a terceira tendência é articulada pelo líder de governo João Farias (PRB) que conta com cinco vereadores da base do governo. Quando da eleição para a presidência da Câmara os três parlamentares petistas votaram junto da tendência política de Maranata formando os oito votos que garantiram a vitória de Boi sobre o outro candidato Elias Chediek (PMDB). Na época o PT acordou a vaga de primeiro-secretário na Mesa Diretora ocupada por Edio Lopes (PT) e a presidência da comissão de Orçamento.
Porém no último período, nenhum consenso foi construído em clima de pacificação, foi preciso muito suor e sangue tanto da oposição como da base governista. Onde após inúmeras rodadas de negociação, o processo culminou com o rompimento de acordo firmado entre tendência política que apóia Boi e vereadores petistas que tinham garantia da presidência da comissão de Orçamento para Carlos Nascimento (PT). A oposição bradou discursos na terça (18) acusando o rompimento do acordo, a tendência política liderada por Maranata, por sua vez, reclamava da demora na decisão dos petistas de fechar a questão em torno do nome de Nascimento, e por receio de divisões optaram pelo mais seguro que foi se aliar aos outros cinco vereadores da base e obter maioria para acordo.
03. Divididos nas intenções, mas unidos nas decisões
O fato é que este jornalista teve a oportunidade de entrevistar o então recém eleito presidente da Câmara Aluisio Braz, o Boi, (PMDB) e o vereador Carlos Nascimento (PT) no final de dezembro. Na época Boi garantia o nome de Nascimento na presidência da comissão de Orçamento, inclusive Boi garantia aval a todas as propostas do vereador sobre o tema orçamentário, Nascimento procurado pela reportagem confirmou a informação e afirmou já ter conversado com Boi. Portanto, não havia novidade alguma na intenção petista de assumir a presidência da comissão de Orçamento.
Resta saber agora, qual a vantagem para a população de Araraquara em ter uma Câmara com treze vereadores tão habilidosos e capazes a ponto de debater e articular politicamente nos bastidores divididos em três tendências, ao mesmo tempo em que o resultado das votações em plenário de projetos importantes da cidade raramente se vê mudar o placar de 10 para o governo e 3 para a oposição. Novidade mesmo é o que menos aconteceu neste processo, na segunda-feira (17) da semana passada a reunião para a decisão da composição das comissões permanentes foi na Prefeitura e não mais na Câmara e este jornalista já publicava que “a base do governo articulava dividida, mas votava unida”, só não viu quem não quis
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