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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A votação das comissões da Câmara contada pelos próprios vereadores

A Câmara hoje se vê dividida em três tendências políticas, conheça o que cada liderança interpretou sobre o processo de decisão da composição das comissões permanentes da Câmara Municipal.
01. Como primeira tendência temos o grupo de cinco vereadores da base do governo que articularam junto ao PT maioria para eleger o atual presidente Aluisio Braz, o Boi, (PMDB). Na época conforme declarado por vereadores foi realizado acordo com petistas para a composição da presidência da comissão de Orçamento e Finanças, mas na decisão de ontem (18) o grupo de cinco vereadores apoiou Elias Chediek (PMDB) para o cargo. Em entrevista o vereador Paulo Maranata (PR) que articula o grupo de cinco vereadores da base do governo.

Vereador Paulo Maranata (PR)
“Sim eles (petistas) tem razão em dizer que foi acordado, mas infelizmente a reunião deles se concretizou muito tarde, tentamos articular de maneira que todos estivessem participando , mas infelizmente atrasaram e houve este imprevisto. Houve esse acordo, mas foi uma discussão desgastante, a gente queria que o PT estivesse em todas as comissões é um acordo no qual eu trabalhei muito para que o PT tivesse espaço igual na composição das comissões, por isso elegemos o Boi para que a oposição não ficasse como antes deixada de lado, lamento mesmo a falta de reconhecimento pelo trabalho que eu construí com a Casa , com o PT e com o governo municipal. Nossa tendência de cinco vereadores não veio para ser oposição, espero que o PT entenda que a oposição é o PT, nós somos situação, e situação precisa ser discutida e trabalhada. E por isso trabalhamos para que a presidência da Câmara Municipal ficasse com o nosso grupo”.

02. Como segunda tendência política na Câmara nós temos os vereadores petistas que durante a sessão questionaram o que denominaram de rompimento com acordo sobre a presidência da comissão de Orçamento e Finanças. Concedem entrevista os vereadores Carlos Nascimento (PT) que foi cogitado para assumir o cargo referido na comissão de Orçamento e Márcia Lia (PT).
Vereador Carlos Nascimento (PT)
“Olha o que aconteceu foi algo que eu já antevia não imaginei que aconteceria tão cedo, há uma cultura de se fazer política personificando a relação. Por isto recentemente em entrevista que concedi ao jornal Folha da Cidade afirmei que o PT errou na sua estratégia, por que se aliou a um setor da Câmara extremamente fisiológico. Então o PT se equivocou, e penso que hoje a bancada assimilou este golpe, que entendeu melhor aquilo que lá atrás eu já havia alertado, nosso partido agora precisa replanejar as suas tarefas”.
Vereadora Márcia Lia (PT)
 “Havia de fato um acordo no sentido que o PT teria a presidência da comissão de orçamento, fizemos inúmeras conversas para que nós pudéssemos estar ocupando esta comissão. Acho muito ruim que tenham rompido, por conta da falta de diálogo deles (grupo articulado por Maranata) conosco, eles se anteciparam fizeram acordo com o governo sem o nosso conhecimento. Na política a gente tem que ter fidelidade, palavra, honradez e caráter.”
03. Por fim, a terceira tendência política da Câmara que é composta por cinco vereadores da base do governo que votaram na candidatura de Elias Chediek (PMDB) à presidência, e tem como principal articulador o líder de governo João Farias (PRB). Farias avalia decisão da composição das comissões, confira abaixo:
Vereador João Farias (PRB):
“Acho primeiro, que o presidente Boi teve um papel fundamental compondo as comissões sem deixar de lado um acordo que poderia ter havido no passado, propondo algo muito além das disputas que se formaram quando da sua eleição à presidência. Ele garantiu que todos os partidos políticos , tivessem uma representação nas comissões condizente com a força que apresentam, acho o resultado positivo. Segundo, acho que é natural a base do governo neste momento ter uma reunificação, por que deixamos a disputa interna do legislativo, para discutir os grandes projetos da cidade e é publico e notório que o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) sempre teve maioria tranqüila na Câmara. Independente da criação do grupo de cinco vereadores (tendência articulada pelo vereador Maranata) que quando se formou para disputar mais espaço político,  que sempre votaram e manteram a fidelidade com o governo municipal. Eu não tinha dúvida nenhuma que ia ser diferente o resultado da composição das comissões, e o dia de hoje provou isso, em nenhum momento a base do governo se mostrou vacilante. Acho que todos os vereadores da base do governo estão de parabéns, pela sessão de hoje desde a composição das comissões até a votação dos projetos.”

Publicado no jornal Folha da Cidade - Araraquara, São Paulo

Luís Michel Françoso

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